Política

Com um pé no PT e outro no DEM, Felix não vê problemas em alianças do PDT

Publicado em 22/12/2014, às 20h47   Emerson Nunes (Twitter: @emenunes )


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O presidente estadual do Partido Democrático Trabalhista, Félix Mendonça Jr., principal responsável pela articulação da legenda no governo Rui Costa (PT) ao emplacar as Secretaria de Agricultura, através da veterinária Fernanda Mendonça, e a Secretária da Ciência e Tecnologia, com Manoel Gomes Mendonça, dois primos seus, o segundo indicação da comunidade científica, não vê problema em se aliar ao prefeito ACM Neto (DEM).

Com a indicação da ex-vereadora Andréa Mendonça (PDT) à Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Emprego de Salvador (Sedes), criada recentemente, o PDT praticamente carimba apoio à reeleição do demista em 2016. “Não vejo problema em apoiar o governo e o município, até porque o PDT é um partido independente, não é PT e nem é DEM. Somos um partido com CNPJ próprio”, garantiu Felix Jr.

Questionado pela reportagem se considerava vencedor por emplacar cargos importantes nas esferas estadual e municipal, Felix desconversou. “Não me considero vencedor, porque não estou disputando nada com ninguém”.

Alijado das negociações, o presidente da agremiação em Salvador, vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), disse desconhecer os acordos que devem confirmar nos próximos dias a irmã de Félix Jr. na secretaria de Neto. “Não quero contestar nem desmerecer os companheiros da estadual, mas tomei como surpresa a informação. Vi nos sites e nos jornais e me perguntei: como é que estão fazendo acordo com o prefeito sem conversar comigo, que além de presidente municipal do PDT sou vereador em exercício do mandato?”, afirmou o presidente municipal, que elogiou o prefeito da capital e se colocou “à disposição para dialogar” com a Prefeitura e com o diretório estadual.

Segundo Vigas, uma ata aprovada há três semanas, na última reunião do partido prevê que discussão em âmbito municipal se dará prioritária e indispensavelmente por meio do diretório municipal. O presidente estadual da legenda, deputado federal Félix Mendonça Jr, minimizou a exclusão do correligionário. “O vereador Odiosvaldo participa do processo. Ele é o contato com a Prefeitura de Salvador”, afirmou Félix Jr.

A movimentação não agradou o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que promete brigar pela presidência do partido para tomar as rédeas da legenda. “Carlos Lupi [presidente nacional] virá no início de janeiro para definir os critérios e depois de normatizados vamos disputar a presidência. Hoje, Felix Júnior é o presidente e ele fala em nome do partido, se eu for presidente eu falarei”, disse o desafeto oriundo do PSDB. “Não quero tomar o PDT das mãos de ninguém, quero disputar presidência democraticamente, não tirar das mãos dos Mendonça”, garantiu.

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