Política

PF nega que Paulo Roberto Costa tenha enterrado dinheiro em piscina

Publicado em 18/01/2015, às 06h47   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A Polícia Federal (PF) negou nesta sexta-feira (16) que o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa aterrou a piscina de casa, no Rio de Janeiro, para esconder dinheiro. A PF fez buscas no local e não encontrou nada. A denúncia do dinheiro escondido foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta.
"Foram realizadas buscas na residência de Paulo Roberto Costa em duas oportunidades no ano de 2014. Não foi encontrado qualquer indício da existência de compartimentos na área onde anteriormente havia uma piscina. Da mesma forma, não há indícios da ocultação de valores, documentos ou quaisquer itens no local", diz um trecho da nota. A informação referente ao dinheiro escondido na piscina já é anterior ao depoimento prestado pelo policial afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como "Careca", à Polícia Federal após a sua prisão, em novembro do ano passado.
Em entrevista ao G1, o delegado Igor Romário de Paula, da PF, disse que das buscas foram realizadas na casa do ex-diretor da Petrobras, nos dias 17 e 19 de março. “Equipamentos de perícia foram utilizados para ver se tinha algo embaixo, mas não apontou nenhum indício de ter um compartimento ali”, afirmou o delegado Igor. “Todo o dinheiro foi apreendido em março. Depois disso, nada se confirmou que ele estaria ocultando valores”, garantiu o delegado. De acordo com Igor Romário de Paula, o policial afirmou fatos – que já eram de conhecimento da PF – que não foram comprovados: “Não trouxe nenhuma comprovação”.
O delegado ainda esclareceu que, quando Paulo Roberto Costa comprou a casa, já havia a piscina. Conforme o delegado, ela foi aterrada em 2009. O policial Jayme de Oliveira Filho foi solto alguns dias depois da prisão temporária, ainda em novembro de 2014. Ele foi um dos suspeitos presos na sétima fase da Operação Lava Jato, da PF. Um dia após a soltura do agente, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, determinou que o agente da Polícia Federal fosse afastado da função no órgão.
Paulo Roberto Costa foi preso em março de 2014, durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A operação investigou um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Costa foi libertado em 19 de maio por ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o ministro tomou a decisão após pedido de advogado de Costa, que questionou a competência do juiz do Paraná de conduzir o processo, em razão do envolvimento de parlamentares.
O ex-diretor voltou a ser preso em 11 de junho – o Ministério Público apontou risco de fuga devido a supostas contas que ele mantém na Suíça. Depois de firmar um acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa passou a colaborar com as investigações e, em troca, obteve o benefício da prisão domiciliar.
Fonte: G1
Publicada no dia 17 de janeiro de 2015, às 08h44

Classificação Indicativa: Livre

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