Política
Publicado em 30/01/2015, às 18h24 Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)
Com a bancada da base de Dilma Rousseff dividida entre o deputado federal peemedebista Eduardo Cunha e o petista Arlindo Chinaglia na disputa pela presidência da Câmara Federal, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, apresentou uma proposta na tentativa de chegar a um denominador comum: um revezamento entre PT e PMDB no cargo mais alto da Casa Legislativa.
Através da assessoria de imprensa, o ex-governador baiano afirmou que teve uma ‘conversa informal’ com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), “ sobre o mal estar causado pela não reedição entre as duas maiores bancadas na presidência da Câmara”. Para Wagner, a maior forma de pacificação é a reedição da alternância.
O vice-presidente manifestou ao ministro a intenção de que Eduardo Cunha exerça o primeiro período na presidência da Câmara, de 2015 até 2016. Wagner e Temer ficaram de consultar Cunha e Chinaglia, que, de antemão, rechaçaram a proposta do ministro.
Centralização
A disputa está rachando a base de Dilma Rousseff pelo poder representativo que possui o presidente da Câmara. Além de definir os projetos que irão para votação no plenário, o chefe do Legislativo pode escolher só colocar uma matéria em votação depois que já estiverem concluídas as negociações para a aprovação.
O desfecho dos pedidos de cassação dos deputados Luiz Argôlo (SDD-BA) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) só deve ser definido pelo próximo comando da Câmara. Além disso, a Procuradoria deve acusar diversos deputados de participar de esquemas de desvio de dinheiro da Petrobras. Eles terão seus mandatos questionados.
Outro exemplo A Lei da Ficha Limpa, proposta de iniciativa popular que reuniu 1,5 milhão de assinaturas para chegar ao Congresso, dependeu do então presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para ser votada em maio de 2010.
*Com informações da Folha
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