Política

Rompimento com o governo é um problema dele, diz Everaldo sobre Nilo

Publicado em 03/02/2015, às 16h32   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu nessa segunda-feira (2) retirar a candidatura do deputado estadual Rosemberg Pinto para presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Primeiro, os petistas pediram o indeferimento da candidatura ao quinto mandato do presidente Marcelo Nilo (PDT), o que foi negado pelo decano da Casa, Reinaldo Braga, que comandava o processo de votação eleição da Mesa Diretora. Em seguida, o PT alegou inconstitucionalidade na candidatura de Nilo e por isso retirou a candidatura e todos os deputados do partido deixaram o plenário e não participaram da votação.

Na manhã dessa terça-feira (3), Marcelo Nilo foi taxativo ao dizer durante entrevista à Metrópole FM que romperá com o governo, caso o PT entre na Justiça contra sua reeleição. Uma primeira tentativa de anular o nome do pedetista foi liderada por um advogado ligado ao Sindpetro, mas que foi negada pelo Judiciário.

A questão é que a judicialização do caso no PT não está descartada, pelo contrário, é a opção que parece ser a saída vista pelos integrantes da bancada e da direção da executiva. “Vamos ter uma reunião da bancada logo após a entrega da mensagem do governador na Casa e vamos discutir que providência tomar. A tendência é que entremos com um mandado de segurança”, afirmou o presidente do PT, Everaldo Anunciação, em conversa com o Bocão News.

Sobre a ameaça de Nilo em romper com o governo, o dirigente petista foi direto. “O PT não fez pacto com Marcelo para ele passar por cima da constitucionalidade do processo da eleição”, afirmou. O pedetista lamentava a decisão do PT em retirar a candidatura de Rosemberg e também o fato de o partido não ter desistido antes para apoiar seu nome. “Ele deveria agradecer a Rui por não se envolver, que se tivesse se posicionado teria prejudicado ele [Nilo]”, disse Everaldo, que emendou: “O rompimento dele com o governo é um problema dele. Não será com ameaças que PT vai se render, estamos falando de legalidade e legitimidade”.

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Nota originalmente postada às 8h

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