Política

Youssef envolve banqueiro no esquema da Petrobras

Publicado em 01/03/2015, às 08h22   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Em mais um trecho da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, na Revista Época, novos nomes surgem envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. Em depoimento à Operação Lava Jato, Youssef envovleu o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, num suposto esquema de corrupção com uma empresa vinculada à BR Distribuidora.

Segundo o depoimento, Esteves estava envolvido em 2008 com o empresário Carlos Santiago na empresa Derivados do Brasil, a DVBR, uma rede de 118 postos de combustíveis com atuação principal em São Paulo e Minas Gerais.  No ano seguinte, Esteves e seus sócios criaram o BTG Pactual, conglomerado que se tornou, hoje, o maior banco de investimentos do Brasil, responsável por administrar R$ 138,6 bilhões. A sociedade acumulou prejuízos e em 2011, Santiago e executivos do banco BTG procuraram a BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. A empresa coligada da estatal teria aceitado pagar recursos para colocar sua marca na rede DVBR e garantir que essa companhia apenas compraria combustível da BR Distribuidora.

Na reportagem,  A BR, naquele momento e desde então, era feudo de uma trinca política: a bancada do PT na Câmara, o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, do PMDB, e o senador Fernando Collor, do PTB.

Youssef teria relatado que ocorreu o pagamento de propina de R$ 6 milhões no negócio entre a BR Distribuidora e a DVBR e ele foi responsável para entregar o dinheiro. Destes recursos, metade do valor foi entregue ao senador Fernando Collor, uma parte para empregados da BR e outra parcela para Pedro Paulo Leoni Ramos, amigo de Collor e que participou de seu governo quando foi presidente da República.

Segundo a revista, a BR Distribuidora também apontou que o contrato com a DVBR requereu investimentos compatíveis a valores de mercado e que a sociedade foi importante para elevar sua participação no setor, sobretudo em São Paulo.

Pedro Paulo Leoni Ramos e o senador Fernando Collor emitiram nota à revista negando as acusações.

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