Política

"Panelaço" teve desrespeito e grosseria injustificáveis, diz Olívia

Publicado em 10/03/2015, às 11h14   De Brasília, Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)



Presentes à sanção da lei que torna o feminicídio crime hediondo nesta segunda-feira (9) em Brasília, a secretária estadual de Política para as Mulheres, Olívia Santana, e a deputada federal Moema Gramacho (PT/BA), disseram ao Bocão News que os xingamentos que a presidente Dilma sofreu nos "panelaços" durante seu discurso de domingo na TV país afora foram grosserias que não podem ser justificados.
Moradores de diversas cidades bateram panelas e buzinaram com seus carros durante o pronunciamento da petista. Em diversos casos, os diversos vídeos da barulheira que se espalharam nas redes sociais mostravam xingamentos e ofensas à presidente. No domingo foi comemorado o Dia Internacional da Mulher.
Segundo Olívia, não se pode perder o respeito "àquela que é a primeira presidente mulher da história do Brasil" e que, de acordo com a secretária, patrocina um governo que apura o que nunca foi apurado. Ela estendeu a crítica à já famosa charge do carioca Chico Caruso, que retratou no jornal O Globo - também no domingo - a presidente como um alvo de decapitação de um militante do grupo Estado Islâmico
"Eu acho lamentável, de um profundo mau gosto, considerando que o Dia Internacional da Mulher é um dia de luta para que as mulheres possam avançar. Um dia de manifestação contra a violência, contra o feminicídio. Aí a forma que O Globo tem de homenagear as mulheres é propor a decapitação da nossa presidenta?", refletiu.
Já Moema prega que manifestação não pode ser confundida com falta de respeito. "Nenhuma pessoa pode ser desrespeitada, tampouco a presidente da República. E principalmente considerando que é uma mulher que tem um histórico incondenável de sofrimento pela tortura. Tudo para que nós pudéssemos viver hoje a liberdade de expressão", defendeu.
A deputada disse entender e defender manifestações , uma vez que surgiu para a política a partir dos movimentos sindicais. Porém, pregou que quem vá às ruas o faça com propostas e objetivos definidos, e não apele para o "ir por ir". Ambas as entrevistadas não comentaram expectativas para as manifestações do próximo domingo (15) e preferiram ressaltar o esforço para a mobilização do dia 13 convocada por apoiadores do governo e centrais sindicais.
Publicada no dia 9 de março de 2015, às 19h19

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