Política

CPI pode ter sessão fechada na terça-feira; Imbassahy não quer

Publicado em 09/03/2015, às 22h36   De Brasília, Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)



A advogada do delator Pedro Barusco enviou à CPI da Petrobras no fim de semana uma solicitação para que seu cliente preste depoimento nesta terça-feira (10) pela manhã em uma sessão fechada. O documento deixa claro que, caso não haja a concessão de fechar as portas, o ex-gerente de Serviços da Petrobras deverá repetir Paulo Roberto Costa e se reservar o direito de ficar calado na comissão.
O deputado federal e vice-presidente da CPI, Antônio Imbassahy (PSDB-BA), não garante que Barusco ficará calado, mas disse que seu desejo e o de seu partido é que a sessão seja totalmente aberta para que todas as testemunhas da ocasião tenham a chance de saber o que está acontecendo. “A população quer saber, tem o direito de saber, e Pedro Barusco é uma personalidade importante neste esquema do petrolão.”
A decisão da questão ainda depende de uma conversa com a advogada do delator e, provavelmente, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB) deverá submeter a decisão ao plenário. Caso a sessão seja transformada em secreta, uma outra sala será ocupada pelos deputados e não haverá qualquer tipo de transmissão.
No ano passado, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa compareceu à CPI Mista da Petrobras e reivindicou o direito ao silêncio. O plenário da comisão chegou a propor ao delator uma sessão fechada, mas o pedido foi negado. O restante da sessão foi de duras trocas de acusações entre governo e oposição.
Hugo Motta tem outra prerrogativa, a de deliberar quem será o próximo convocado na CPI para depoimento na quinta-feira (12). Imbassahy defende que o nome escolhido seja o do antigo chefe de Barusco na Petrobras, Renato Duque. 
O provável próximo depoente era diretor de Serviços da estatal e, de acordo com delações premiadas anteriores, impunha o pagamento de 3% propina a empresas para o fechamento de contratos. O dinheiro seria enviado ao PT e operadores políticos. Duque chegou a ser preso em novembro e, no início de dezembro, teve a detenção revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.

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