Política

“Ainda estávamos de luto”, diz Rosemberg sobre desistência de vaga do TCE

Publicado em 10/03/2015, às 20h45   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Rosemberg diz que bancada petista ainda estava de luto

O líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Rosemberg Pinto (PT), informou que a bancada petista na Casa preferiu recuar da indicação à vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), aberta após a morte do conselheiro Zezéu Ribeiro, por achar cedo demais iniciar as discussões para escolha de um substituto.

“Ainda estávamos de luto”, disse, em entrevista ao Bocão News. Como a vaga é de livre indicação da Alba, o presidente Marcelo Nilo (PDT) deu início ao processo cinco dias da morte de Zezéu, e com a inscrição primeiramente do superintendente da Casa, Marcos Presídio, responsável pelas contas do parlamento.

Marcus Presídio é único indicado para vaga do TCE

A antecipação teria causado desconforto durante reunião dos deputados aliados com o governador Rui Costa (PT), que acusaram o chefe do Legislativo de antecipar a corrida pela cadeira. A situação foi negada pelo chefe do Executivo, que apontou, inclusive, que um candidato só para vaga do TCE seria ruim para democracia. “Nos pegou de surpresa. Não esperávamos que o presidente Marcelo Nilo apresentasse o registro de candidatura na velocidade que aconteceu. Ainda estamos de luto e isso nos deixou sem debate”, contou Pinto sobre a reunião com a bancada.

Rosemberg ainda informou que o nome de Paulo Rangel foi realmente ventilado. “Algumas pessoas vieram falar comigo, inclusive de outros partidos da base, e o viam com simpatia, mas eu disse que iríamos conversar com a bancada, pois entendíamos que esta vaga era por direito, que deveria ser da bancada do Partido dos Trabalhadores. Mas optamos em não fazer a disputa visto que foi muito rápido”, criticou.

A bancada também não teria sido contrária ao nome de Marcus Presídio. “Não há por parte do PT nenhum questionamento com o nome dele. Ele está a muito tempo na Casa”, limitou-se.

Rosemberg Pinto e Marcelo Nilo

Enquanto isso, no TCE, abriu-se a necessidade de contratar consultores para analisar algumas denúncias. Desta vez sobre a aquisição dos dois ferries comprados em 2013, ainda na gestão do vice-governador e hoje senador Otto Alencar (PSD). O órgão afirmou que os auditores do órgão “não tiveram elementos para emitir uma opinião conclusiva acerca dos preços e custos envolvidos na aquisição das duas embarcações”.

Marcos Presídio será sabatinado nesta quarta-feira (10) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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