Em resposta a matérias veiculadas na imprensa, a presidente Dilma Rousseff, através da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou, nesta quarta-feira, uma nota esclarecendo rumores sobre uma suposta mudança na chefia da casa Civil — hoje, ocupada pelo ministro-chefe Aloizio Mercadante.
"Não corresponde à verdade o rumor de que a presidenta Dilma Rousseff tenha recebido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sugestão de mudança na chefia da Casa Civil. O ministro Aloizio Mercadante tem total confiança da presidenta e seguirá cumprindo suas funções à frente da Casa Civil", informou.
Uma coluna do jornal O Globo publicou, na edição desta quarta, a informação de que o ex-presidente Lula teria aconselhado Dilma a fazer mudanças na Casa Civil e reorganizar o Planalto. No início desta tarde, a Folha de S. Paulo havia publicado, em seu site, uma reportagem afirmando que a presidente Dilma Rousseff estaria "decidida a retirar o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, de missões na área da articulação política de seu governo".
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A decisão, segundo o jornal, seria uma tentativa de melhorar a relação da Presidência com a base aliada, principalmente o PMDB, cujas lideranças não teriam bom entendimento com o petista. Em sua reportagem, no entanto, a Folha havia afirmado que Dilma não teria manifestado interesse em tirar Mercadante do comando da pasta. Nesta área, a atuação do ministro seria positiva, na avaliação de Dilma.
Conforme o jornal, Dilma estaria sendo pressionada por aliados e pelo ex-presidente Lula a promover uma pequena reformar ministerial. O principal objetivo seria dar mais poder ao PMDB.
Entre os nomes que estariam sendo citados para liderar a articulação política do governo, estariam Jaques Wagner (PT), ministro da Defesa, e Eliseu Padilha (PMDB), da Secretaria da Aviação Civil, que seria um possível nome para substituir Pepe Vargas (PT), ministro das Relações Institucionais, responsável formal pela articulação política no governo.
Mercadante assumiu a Casa Civil no início de fevereiro, em substituição a Gleisi Hoffmann que deixou a pasta para concorrer ao governo do Paraná nas eleições de outubro de 2014. Antes, ele comandava o Ministério da Educação.
Publicada no dia 11 de março de 2015, às 14h46
