Política

Dilma aceitou pedido de demissão sem resistência, diz Cid Gomes

Publicado em 18/03/2015, às 20h43   Redação Bocão News (@bocaonews)


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Em uma rápida audiência com a presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, o ex-ministro da Educação Cid Gomes disse que não teria mais condições de continuar no Ministério porque havia criado uma indisposição com a base governista no Congresso.

Cid disse, ao sair do Palácio do Planalto, dirigindo seu carro, que a demissão foi em caráter irrevogável e que agradeceu a Dilma a oportunidade de integrar seu governo.

“A minha declaração e, mais do que ela, a forma como eu coloquei a minha posição na Câmara, é óbvio que criam dificuldades para a base do governo e, portanto, eu não quis criar nenhum constrangimento e pedi demissão em caráter irrevogável, agradecendo a ela”, disse o ex-ministro”.

“Falei com ela. Eu disse para ela que lamentava muito, que tinha muito prazer, que confiava nela, que acreditava nela, continuo acreditando e confiando na presidente Dilma. Agora a minha presença no ministério ficou numa situação de contraponto e indisposição com boa parte da base que apoia o seu governo.

O ministro afirmou que a presidente aceitou o pedido sem resistência:

“Eu não dei margem para isso (para presidente resistir ao pedido). Vim para dizer: ‘presidenta, lamento muito, agradeço, mas estou aqui entregando o cargo’, afirmou.

Cid foi à Câmara esclarecer declaração de janeiro, na Universidade Federal do Pará, de que há entre 300 e 400 deputados achacadores. Houve um bate-boca generalizado na sessão e Cid deixou o plenário ao ser chamado de palhaço pelo deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ).

“A situação em que eu me encontrei, sendo convocado pela Câmara e questionado sobre declarações que eu tinha feito em local reservado, eu não podia agir diferente, se não confirmar o que disse e aquilo que penso pessoalmente, embora como ministro eu tenha tentado ter uma relação respeitosa necessária ao cargo, mas pessoalmente dei a minha opinião”, argumentou.

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