Preso desde o dia 14 de novembro de 2014, o executivo da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, deve ficar mais uns dias presos. Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz responsável pelas investigações do esquema de corrupção na Petrobras, Sérgio Moro, diz que a instrução dos processos contra Pessoa ainda não chegou ao fim porque foram arroladas dezenas de testemunhas de defesa espalhadas em todo o Brasil, o que gera demora.
Ao ministro Teori Zavascki, Moro diz ainda que os julgamentos ocorrerão muito em breve e os processos terão duração muito menor. "É pouco crível que, mesmo se afastando formalmente da gestão [como afirmam os advogados de Pessoa], não continue como acionista majoritário e controlador a definir as ações estratégicas da empresa", justifica.
O juiz revela ainda que o executivo teria pago mais propinas além do esquema descoberto pela Lava Jato e, por isso, esses repasses ilícitos em contratos com outras repartições públicas reforça a suspeita de que "infelizmente, a prisão preventiva mostra-se necessária para interromper a prática habitual e reiterada de pagamentos de propinas a agentes públicos pela UTC Engenharia comandada por Ricardo Ribeiro Pessoa e que, inclusive, estendeu-se pelo ano de 2014 já durante as investigações da Operação Lava jato".
Com informações do Estadão.
