Política

Políticos baianos começam articulação para criação de novo partido

Publicado em 15/04/2015, às 22h07   Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)


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Com total desprendimento de riscos que a reforma política pode ocasionar aos partidos menores, as dificuldade de criação e o desenrolar de trabalhos futuros no segmento, os membros do “NOS” – Nova Ordem Social – estão esperançosos com o ideal de fundação de mais uma sigla no rol dos 32 partidos brasileiros. Uma comitiva visitou a sede do Bocão News para conhecer os jornalistas da casa e apresentar as propostas da possível nova legenda.
Com abertura em 25 dos 27 estados do Brasil, a Bahia, o quarto maior colégio eleitoral brasileiro, é visa com ambição pelos articuladores nacional. A nível de estado, o NOS já conta com o apoio de dois prefeitos, dois deputados estaduais – cujos nomes não foram revelados -, 30 vereadores e uma articulação centrada em entidades da sociedade civil organizada,  
Mario Fascio, principal articulador da sigla, é natural de Belém do Pará, mas tem seus compromissos políticos fincados em Santana do Amapá. Ele, ex-filiado do PHS, agora está na empreitada da criação. Segundo o político, o processo segue em trâmites avançados. “Nosso projeto é bem receptivo nas organizações sociais, principal setor de defesa do nosso partido. Já temos uma média de 250 mil assinaturas no Brasil e vamos chegar no nosso patamar e teremos o NOS como uma oportunidade de uma nova política”, defendeu.
Um dos tópicos debatidos pelo coordenador é a participação popular na política. Segundo ele, 32 “donos” das legendas são os que decidem quem deve ou não sair candidato nas eleições. “Nós já temos um sistema político excludente. Uma distribuição entre as legendas de forma desigual. Queremos ser um exemplo de abertura política”, contou. 
Questionados se existe algum atrelamento com alguma tendência política baiana – leia-se grupo do prefeito ACM Neto (DEM) ou do governador Rui Costa (PT) -, a coordenadora do NOS na Bahia, Mara, informou que não. “Nosso foco não é esse atrelamento, queremos independência e antes de mais nada focar na criação do partido e não na eleição”, discorreu ao lembrar que tem vereadores de Salvador interessados no projeto.
REFORMA POLÍTICA – Com as novas proporções que devem tomar a atual forma de fazer política no Brasil, no tocante a reforma política e o risco dos partidos “nanicos” serem extintos, Fascio afirmou que não tem medo. “Há muito tempo se fala disso, mas os partidos menores e abertura de criação das novelas legendas é o símbolo da democracia brasileira. Temos que ter um pluripartidarismo”, disse.
Fascio acredita ser pouco provável o avançar de qualquer proposta que exclua as siglas menores. “Eu e mais pessoas que estão nessa empreitada, não se sentem representados no atual contexto político. Queremos mudança”, informou. Ele aproveitou a deixa para criticar o fisiologismo partidário. “Não queremos ninguém de renome na nossa legenda. Acho errado também a forma como os partidos tratam a gestão pública com a divisão dos cargos políticos. Eles não estão de olho em possíveis ações que vão desempenhar, mas no orçamento de cada local. Isso é errado”, completou. 
De Salvador, onde eles tiveram no último fim de semana um encontro com entidades da sociedade civil, o próximo encontro acontecerá em Recife, no dia 18, Rio de Janeiro, dia 22, e o ato final em Brasília, no fim de maio. 

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