Política

Lava-Jato vai mirar consultorias feitas por políticos

Publicado em 19/04/2015, às 08h39   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Não apenas os ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu e o deputado cassado André Vargas estão na mira da Operação Lava-Jato por consultorias mal explicadas. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal pretendem fazer uma devassa nesse filão de mercado. Agentes e procuradores analisarão com lupa os contratos entre empresas e políticos. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, a ideia é verificar se os serviços foram prestados ou usados como forma de lavar dinheiro de propina.
De acordo com o jornal, se comprovar que as consultorias eram de fachada e serviam para desviar recursos para campanhas políticas ou enriquecimento próprio, o MPF oferecerá denúncia contra os “políticos consultores”. O Congresso também começará a agir em relação a essas consultorias. A oposição pedirá que Palocci seja convocado na CPI da Petrobras, e o PPS entrará com pedido de quebra de seus sigilos fiscal e bancário. Já há requerimentos na CPI para convocar Palocci, ainda não votados. Ele foi citado na Lava-Jato, mas, por não ter foro privilegiado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavaski enviou o caso à Justiça Federal no Paraná. Palocci está sendo investigado porque teria pedido ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa repasse de R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma em 2010.
Documentos obtidos pela revista “Época” revelam que o ex-ministro Antonio Palocci recebeu R$ 12 milhões de empresas em 2010, quando coordenou a campanha da presidente Dilma Rousseff. O montante é considerado suspeito pelo Ministério Público Federal (MPF). Diz a revista que o ex-ministro atuou como arrecadador informal da petista, ao lado do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, que está preso. Segundo “Época”, no dia em que foi escolhido ministro da Casa Civil por Dilma, em 3 de dezembro daquele ano, Palocci recebeu R$ 1 milhão do escritório do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. Duas semanas depois, teria recebido mais R$ 1 milhão.
Em nota, Palocci disse que sua empresa prestou consultoria às três empresas e que os documentos foram enviados ao MPF em 2011, “em procedimento próprio, que se reveste de caráter sigiloso, e em nada tem a ver com a Operação Lava-Jato”. 

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