Política

DEM vai pedir os cargos dos dissidentes

Imagem DEM vai pedir os cargos dos dissidentes
Na Bahia, três devem deixar o partido e perderem os assentos em comissões  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/04/2011, às 12h29   Luiz Fernando Lima e Agência Brasil



Fotos: Agência Câmara

O Democratas (DEM), que já perdeu dez dos seus 43 deputados para o novo partido - o PSD, está pedindo os cargos que esses deputados ocupavam na Câmara por indicação da legenda. O último deputado a comunicar sua desfiliação do DEM foi Júlio Cesar (PI), que ocupa a presidência da Comissão de Agricultura da Câmara. A presidência da comissão foi escolhida pelo DEM, que indicou o deputado.

Na Bahia, três deputados eleitos devem deixar a legenda. O trio ainda não se desfiliou, mas já se manifestou no sentido de respirar “novos ares” ao lado de Otto Alencar, Kassab e companhia.

De acordo com o presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia, se forem confirmadas as desfiliações os três vão perder os cargos para os quais foram indicados pelo partido.

Paulo Magalhães atualmente é titular da comissão de Legislação Participativa e suplente da de Direitos Humanos e Minorias.

Fernando Torres é titular da comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e suplente da de Minas e Energia.

José Nunes é titular da comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e suplente da de Constituição, Justiça e de Cidadania.

“Nada mais natural que o líder do partido na Casa (ACM Neto) pegue os cargos de volta para dar prioridade aos parlamentares do Demotradas”, afirmou Aleluia.

A distribuição dos cargos nas comissões e na Mesa Diretora respeita o quantitativo eleitoral. “Nós teremos direito a todos os espaços conquistados na eleição por quatro anos, independente da saída de deputados”, ressalta o presidente estadual da legenda.

Questionado sobre a possibilidade de fusão entre DEM e PSDB, levantada pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, em entrevista à Folha de São Paulo, Aleluia disse não saber de nada neste sentido.

Foto: André Carvalho // Bocão News

“Pode ser que tenha alguém discutindo isto. O que posse afirmar é que para mim enquanto presidente estadual do partido e presidente da Fundação Liberdade e Cidadania nada chegou. Esta conversa nunca existiu”, revela.

O ex-deputado federal lamenta que a saída iminente do governador catarinense, mas garante que o respeito pela figura política continua intocável, mas não acredita que condicionar a permanência ao partido a uma fusão com outro seja o melhor caminho para modificar os rumos que estão sendo traçados.

Sobre Kassab que vem sendo acusado de oportunista entre outras coisas por parlamentares do DEM que antes do anúncio de sua saída o consideravam um grande líder político, Aleluia preferiu não entrar no embater. “Acredito que a oposição tem um papel importante. Penso que se as urnas nos colocaram na condição de oposição devemos trabalhar na fiscalização, no contraponto, e não aderindo ao projeto que sempre combatemos”, sentenciou.

Para Aleluia, a única forma de sair do DEM é se o partido resolver se unir ao PT. Como esta hipótese está descartada, o ex-parlamentar prefere alfinetar os governistas. “Se não fosse a oposição todos os baianos estariam pagando mais caro a conta de água no próximo dia primeiro”, concluiu.

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