Política

Cerveró diz que ligação com PT, não PMDB, o levou para diretoria da Petrobras

Publicado em 06/05/2015, às 06h55   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Em depoimento à Justiça Federal, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou que sua ligação com o PT, e não com o PMDB, influenciou a sua indicação para a diretoria da área Internacional da Petrobras, no início do governo Lula. A versão contraria a versão do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores da Lava Jato, afirmou que o PMDB era o beneficiário da propina paga por empreiteiras em troca de contratos com a diretoria Internacional.
Questionado pelo juiz Sergio Moro, Cerveró negou a influência do PMDB. "Eu assumi o cargo de diretor atendendo a um convite do presidente Lula e da ministra Dilma [Rousseff], de Minas e Energia, pelo meu conhecimento [técnico]. Quando assumi a diretoria já tinha 28 anos de companhia", respondeu Cerveró.
Indagado se teve algum padrinho político na indicação ao posto, Cerveró cravou: "do PMDB não". O magistrado emendou: "e de algum outro [partido]?
O ex-dirigente da estatal apontou proximidade com o PT à época: "Havia uma ligação, porque eu trabalhei durante algum tempo com o... quer dizer, eu tinha uma atividade já dentro da Petrobras mais próxima ao Partido dos Trabalhadores, mas o que pesou foi meu conhecimento".
No depoimento, Cerveró também afirmou que os empresários Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e Júlio Camargo atuaram como lobistas em contrato de aluguel de navios-sonda para Petrobras, mas não apontou crimes ligados ao negócio.
Segundo acusação do Ministério Público Federal, houve pagamento de propina relativo a esse contrato com a participação de Soares e Camargo. Fernando Baiano é suspeito de ser o operador da propina para o PMDB.

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