Política

Presidente da Odebrecht e UTC vão depor à PF na Operação Lava Jato

Publicado em 08/05/2015, às 07h08   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki acolheu pedido da Procuradoria Geral da República e determinou que a Polícia Federal tome o depoimento de Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da principal empreiteira do país, na Operação Lava Jato, de acordo com informações divulgadas pela Folha.
A empresa tem receita declarada de R$ 96 bilhões em 2013 e 181 mil empregados. Além de Odebrecht, Teori ordenou a tomada de depoimentos de mais seis pessoas, incluindo três empreiteiros já presos em fases anteriores da Operação Lava Jato e libertados há duas semanas: Ricardo Pessoa (UTC), José Aldemário Pinheiro Filho (OAS, conhecido por Léo Pinheiro) e João Ricardo Auler (Camargo Corrêa).
O objetivo dos investigadores é averiguar declarações da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em depoimento à PF prestado em abril. Ela disse ter procurado os empreiteiros em 2010 para pedir recursos à sua campanha ao Senado naquele ano. O inquérito sobre a senadora tem por base principal as afirmações feitas por dois delatores da Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Youssef disse que, por orientação de Costa, entregou pessoalmente R$ 1 milhão a "um senhor em um shopping de Curitiba", dinheiro a ser usado na campanha da petista. O doleiro reconheceu o homem como sendo Ernesto Kugler Rodrigues.
A PF apurou que o irmão de Rodrigues, Mário, foi secretário parlamentar do ex-deputado estadual no Paraná Angelo Vanhoni (PT) e presidente do diretório municipal do PT de Paranaguá na época em que Gleisi era a presidente estadual da sigla. Há o registro de uma doação de R$ 15 mil de Ernesto para a campanha de Vanhoni em 2006.
Já Costa declarou que o pedido para a campanha de Gleisi partiu de Youssef. Indagado sobre uma anotação de R$ 1 milhão ao lado das iniciais "PB" achada com ele pela PF, Costa contou que significava "Paulo Bernardo", marido de Gleisi e ex-ministro das Comunicações, que o valor seria destinado à campanha dela e que copiou a inscrição de uma planilha em poder do doleiro.
O doleiro disse ter ouvido de Costa de que o pedido original partiu de Paulo Bernardo; o-ex-diretor da Petrobras nega.

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