Política

Ana Rita Tavares vence PV e continua com mandato de vereadora

Publicado em 19/05/2015, às 07h15   Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)


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A vereadora Ana Rita Tavares (PEN) está sossegada. Após o PV tentar enquadrá-la na lei da Infidelidade Partidária, a parlamentar municipal venceu o processo, na primeira instância, e continua com seu mandato parlamentar na Câmara Municipal soteropolitana. Na sessão desta segunda-feira, o TRE-BA julgou por unanimidade improcedente a ação que o Partido Verde (PV-BA) propôs contra a penista.

Eleita pelo PV em 2012, Ana Rita saiu da agremiação para o então recém-criado PROS. Recentemente, ela deixou a sigla e ingressou no PEN, onde comanda a executiva municipal da agremiação. O fato, segundo apurado pelo Bocão News, na época, dava conta de um processo de arrumação da base do prefeito ACM Neto (DEM) de olho nas eleições de 2016. O assunto desagradou o PV, que tentou tomar seu mandato para encaixar o seu suplente na cadeira da edil.

A sua desfiliação do reduto verde, há dois anos, aconteceu em um momento que não se sentia mais confortável entre seus alidos.

O PROS, até então, não ingressou com ação de saída dela do grupo. A atitude ocorreu de forma amigável.

A alegação dos verdes era a de que a vereadora premeditou a sua saída do PV para o PROS em 2013, com o objetivo de depois migrar para o PEN em 2015, visando obter "vantagem ilícita com o que chamou de triangulação”. Mas, essa tese não foi aceita pelo Procurador Regional Eleitoral, nem pelo Desembargador Mário Alberto Hirs, relator do processo.  O Ministério Público Federal (MPF) entendeu que Ana Rita não praticou o ato de "infidelidade partidária". Justificam os órgãos que a ex-verde participou ativamente dos atos legislativos durante o tempo em que esteve no PROS, integrando comissões na Câmara, e concorrendo, inclusive, ao cargo de deputada federal nas eleições de 2014 por este partido. 

A vereadora, através de nota, considerou justa e consentânea a decisão do Tribunal com os termos da defesa e da legislação eleitoral pertinente ao caso. “Considerei essa iniciativa do PV uma aventura judicial, com o intuito claro de macular o trabalho honrado que desenvolvo no exercício do meu mandato, que é o mandato outorgado por 10.039 eleitores que acreditaram e acreditam na verdade da minha história em defesa dos animais há mais de duas décadas. A Justiça prevaleceu.”, afirmou.

Na condição de presidente do diretório municipal do PEN, Ana Rita reafirma seu compromisso com os princípios ambientalistas e em defesa da causa animal.  “Quem me conhece sabe que não preciso de política para viver. Não recebo remuneração da Câmara, e sim do Tribunal de Contas, de onde estou licenciada para exercer o mandato de vereadora. Por isso, cumpro com empenho, amor, seriedade e dedicação tudo o que me proponho a fazer”, concluiu.

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Publicada no dia 18 de maio de 2015, às 18h

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