Política

Cotas para forrozeiros em festas típicas só deve chegar a 50%

Publicado em 22/05/2015, às 08h06   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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O projeto de lei que pretende criar cotas para artistas baianos em festejos de época, como o São João, ainda não foi formulado pelos líderes do governo e da oposição. A proposta da deputada estadual Luiza Maia (PT) é reservar 70% de participação dos artistas por acreditar que as festas típicas da Bahia precisam valorizar intérpretes locais. Os deputados Zé Neto (PT) e Sandro Régis (DEM) deveriam apresentar a proposta nesta quarta-feira (20), mas pediram mais 10 dias para a formulação.

A preocupação dos gestores municipais é a queda na procura de algumas cidades no São João, já que os artistas externos atraem turistas e aumentam a receita municipal.

O líder governista disse que o projeto terá como base a proposta da deputada, mas existe a preocupação de agregar os diversos ritmos baianos e não apenas os forrozeiros. O percentual para cada categoria é o que tem dificultado a formulação. Para Zé Neto, o percentual para os baianos deve ser de 50%. A outra metade será preenchida por outros ritmos, como o sertanejo. “Devemos entregar a proposta na próxima segunda-feira, mas a preocupação é estabelecer as cotas, devido a diversidade das festas”, explica.

Para a deputada, 50% é pouco. “Não é possível que artistas como Luan Santana receba das prefeituras 7 mil reais enquanto nosso artistas locais chegam a 30 mil reais. A questão é a valorização da nossa cultura em festas tradicionais da nossa região, como o São João”, ressalta.

A matéria ainda deve tramitar nas comissões temáticas até que entre para votação. Portanto, se aprovada, a lei só será aplicada no São João do ano que vem.

Publicada no dia 21 de maio de 2015, às 18h

Classificação Indicativa: Livre

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