Após uma manobra arquitetada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para aprovação do financimaneto privado de campanha, dentro da reforma política, o deputado baiano Jorge Solla (PT) afirmou que sua aprovação é inconstitucional e que a bancada governista já judicionalizou a matéria. Em conversa com o Bocão News, na noite desta sexta-feira (29), o parlamentar fez duras críticas ao peemedebista, bem como o acordo induzido aos partidos nanicos.
"Entramos com medida na Justiça para derrubar a matéria. PT, PPS, PV, PROS, PCdoB e outros partidos estão com procurações individuais dos deputados mostrando a inconstitucionalidade. Quando uma matéria é votada, ela só pode voltar para a pauta no ano seguinte, e voltou no mesmo dia, a partir de acordo que ele fez com os partidos menores. Outra inconstitucionalidade é a questão das assinaturas. É preciso um terço dos parlamentares para fazer uma emenda e apenas 60 deputados assinaram. Dois golpes infrigindo as regras do funcionamento do Legislativo", explica.
Nada menos do que 71 deputados federais mudaram de voto de um dia para o outro e, sob pressão do presidente da Câmara, aprovaram na noite de quarta-feira (27), em primeiro turno, a inclusão, na Constituição, do financiamento empresarial de campanha.
Ao todo, 68 parlamentares mudaram seu voto de “não” para “sim”, enquanto três deputados que se abstiveram na votação de terça optaram pelo “sim” na quarta.
Solla ainda acredita na derrubada da matéria, já que ainda precisa ser aprovada em segundo turno e pelo Senado. "Estão fazendo uma contra-reforma política", emendou.
Publicada no dia 30 de maio de 2015, às 12h
