Política

“Situação do Rio São Francisco é desesperadora”, alerta Lídice da Mata

Publicado em 01/06/2015, às 18h18   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A senadora Lídice da Mata (PSB) fez um alerta para a situação que passa o Rio São Francisco com as obras de transposição, iniciadas há sete anos e com atraso de pelo menos outros quatro. Nesta quarta-feira (3), serão realizados atos em favor do Rio em todo o Nordeste pela passagem do Dia Nacional em Defesa do São Francisco.  

Ao citar reportagem feita pelo jornal O Estado de Minas, Lídice comparou o Velho Chico a um paciente agonizante em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com problemas como poluição e assoreamento, o rio agoniza em praticamente todos os estados por onde passa. Recentemente, uma mancha escura surgiu em trechos da Bahia e Sergipe, comprometendo o abastecimento em algumas regiões.

Para a senadora, o Governo Federal tem que – mesmo com ajuste fiscal – viabilizar recursos para a recuperação do Velho Chico. “É preciso entender que o São Francisco é prioridade. Não da para empurra esse problema com a barriga. A situação é desesperadora”, disse Lídice da Mata.

Segundo trecho da reportagem do jornal O Estado de Minas, “o São Francisco definha a uma velocidade que surpreende os mais pessimistas e a transposição, apresentada como panaceia para matar a sede no Nordeste, não apenas avança a passos trôpegos, como zomba de sertanejos, ao lhes negar acesso até à pouca água que tinham antes do início da obra”.

Projeto de revitalização da Bacia do Velho Chico

Lídice é autora do Projeto de Lei do Senado (PLS) 86/2015, que institui normas para a revitalização da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Um dos itens é a criação de um fundo para a recuperação do Velho Chico.

Além da recuperação do rio existe outro projeto, com a sugestão de criação de um corredor ecológico ao longo do São Francisco, como forma de preservação ambiental e como forma de estimular o turismo.

Em 2014 foram aplicados R$ 136 milhões, quando o total previsto era de R$ 245 milhões. “O programa existe, mas suas ações se mostram insuficientes para dar conta da realidade que vemos hoje”, disse a senadora.

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