Caetano reclama da falta de segurança em municípios baianos

O deputado federal e ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), fez um discurso inflamado na Câmara Federal, nesta segunda-feira (1º). O petista reclamou sobre a onda de violência que paira em muitos municípios baianos, em especial o seu reduto eleitoral, Camaçari. O petista fez críticas à gestão do prefeito Ademar Delgado (PT) com o elevado número de mortes.

De responsabilidade do governo do estado, a segurança pública é uma das fragilidades de muitos municípios baianos. Em Camaçari, de acordo com o parlamentar, foram 90 homicídios nos cinco primeiros meses do ano. “Só no mês de maio houve mais de 20 assassinatos no Município de Camaçari, inclusive, num dia só, foram cinco assassinatos, sendo três numa mesma área, numa mesma região”, disse.

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“Muitos jovens estão sendo assassinados em nosso município e em outros municípios do Estado da Bahia, como, por exemplo, em Simões Filho e Salvador. Nós queremos buscar a solução. Não queremos apenas denunciar, mas buscar a solução e o enfrentamento desse problema. Vamos buscar na sociedade, junto com a sociedade e com as autoridades, esse enfrentamento”, continuou o petista.

Caetano lembrou os anos que esteve à frente da prefeitura de Camaçari. “A população está alarmada. É preciso que busquemos uma solução. Quando eu fui prefeito da cidade, entregamos 26 viaturas à Polícia Militar e à Polícia Civil, organizamos um planejamento, mensalmente nós discutíamos com o Batalhão, com a Companhia da orla e com as Polícias Militar e Civil como enfrentar a violência, e conseguimos reduzir, sim, a violência no Município naquela ocasião”, completa.

No entanto, em pesquisa divulgada Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou dados de violência e Camaçari aparece como a 5ª cidade com maior número de homicídios de adolescentes, do Brasil. A pesquisa analisou dados de 2012 para compor o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que estimou 3,32 mortes para cada mil habitantes nessa faixa etária. O indicador cresceu 17% em relação a 2011 e foi o maior registrado desde 2005. Caetano administrou o município por três mandatos.