Política

Faeb: Wilson chama Martins de ditador e aciona a Justiça contra atual presidente

Publicado em 03/06/2015, às 08h41   Redação BNews


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Depois de mais de uma década, as eleições na Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb) terão um bate-chapa. Encabeçada pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Andaraí e prefeito da cidade baiana, Wilson Cardoso, a oposição trabalha para derrubar o presidente João Martins, candidato a reeleição, no próximo dia 8.
Em conversa com o Bocão News, Wilson afirma que o atual gestor pretende perpetuar-se no cargo que ocupa há 15 anos, através, segundo ele, de manobras sem qualquer legalidade. “Seus atos constituem numa verdadeira afronta à democracia, um desrespeito”, dispara.
Um dos exemplos citados por Cardoso, é que na assembleia do dia 4 de maio, Martins cassou a palavra dele. De acordo com Wilson, a justificativa usada pelo atual presidente foi que o sindicato dos Produtores Rurais de Andaraí estaria irregular diante do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
“Uma alegação infundada. Já que 30 dos 32 sindicatos registrados na chapa dele, naquele momento, estavam na mesma situação que a minha. Alguns nem apresentavam CNPJ junto ao MTE. Já o meu estava e está com a situação 100% legalizada”, conta.
Outra irregularidade apontada pelo líder da oposição é que, Martins, além de presidente e candidato à reeleição, chegou a acumular o comando da comissão eleitoral. “Só abriu mão por pressão de vários companheiros. Mesmo assim, fez isso no dia 25 de maio. Mas o absurdo continuou porque ele deixou no cargo o atual vice-presidente, José Mendes Filho, que é candidato a membro efetivo do conselho fiscal em sua chapa”.
Ainda durante conversa, Wilson fez duras críticas a atual gestão, que ele classifica como “ditatorial”, e salienta que Martins não tem atendido aos interesses dos produtores.
“Falta ação do presidente diante das dificuldades que nossos companheiros enfrentam, como as invasões, o problema do cacau, da seca. Saímos de uma seca e não teve uma ação da federação, que foi omissa a tudo isso. Uma equipe que serve só ao presidente. Ele não assumiu o papel institucional”.
Diante da situação, Wilson entrou com duas representações. No Ministério Público do Trabalho (MTE), ele pede apuração das irregularidades de sindicatos com problemas de débitos junto à Receita Federal, além daqueles que têm dívida ativa na União e que estão irregulares no MTE. Já no pedido feito a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), ele solicita a fiscalização de documentos de todos os sindicatos regularizados de janeiro até maio de 2015.
“Para se perpetuar no poder, ele termina destruindo sonhos. Quando foi eleito tinha 158 sindicatos, e hoje tem 89. Isso dá a entender que diminuiu para ele ter os votos. A nossa grande luta é tentar derrubar esse sistema blindado. Essas ações na Justiça é uma forma dele até se concertar”, finaliza.
Publicada no dia 2 de junho de 2015, às 12h

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