A eleição para presidência da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb)
foi suspensa pela Justiça após ação movida pelo candidato de oposição e prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso. O argumento utilizado no processo contra o presidente João Martins, que tenta a reeleição, foi de que a gestão não disponibilizou a lista dos sindicatos de agricultores aptos a votarem no pleito.
Nessa segunda-feira (8), Cardoso reuniu sindicalistas do seu grupo e foi até a sede da Faeb pedir documentos da assembleia ocorrida no dia 4 de abril, em que Martins teria cassado seu direito de falar. O candidato quer o áudio e a ata do encontro. Na manhã dessa terça (9), a Faeb
emitiu nota acusando o oposicionista e seu grupo de truculência ao adentrar a sede do órgão e afirmou ainda que todos os documentos requeridos por Cardoso já foram disponibilizados.
"Eu faço um desafio ao presidente aqui: se ele provar com algum protocolo que entregou os documentos, eu renuncio minha candidatura. Mas se ele também provar que não entregou, quero que ele renuncie", desafiou o postulante à presidência da entidade ao ir mais longe e pedir um debate entre as duas chapas.
Cardoso ainda rebateu as afirmações de que houve truculência por parte da sua equipe na ação dessa segunda-feira. "Não teve nada de truculento. A única coisa que aconteceu foi na portaria do prédio que eles pediram nosso cadastramento, algo que não precisava. Todos nós frequentamos aquela casa, não havia necessidade de cadastro. Mas todo mundo se cadastrou novamente e entramos. Na secretaria, aos olhos da imprensa, nosso advogado pediu, de modo cortês, à secretária que nos atendeu de forma muito educada", relatou Cardoso, ao reforçar que o único entrave foi a entrada ao imóvel.
