Diante do papel de protagonista que tem desempenhado no cenário econômico com cortes no orçamento e implantação de ajustes fiscais, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy foi comparado a Judas, discípulo de Cristo. A comparação foi considerada injusta pela presidente Dilma Rousseff. O vice-presidente Michel Temer achou mais apropriado compará-lo a Jesus Cristo.
Mas quem fez a analogia mais sensata até agora foi o deputado federal baiano Lúcio Vieira Lima. Também recorrendo às sagradas escrituras, o peemdebista sentenciou: Levi, filho de Alfeu. A serviço do Império Romano, era um implacável coletor de impostos. Depois de uma pregação, Jesus Cristo perambulava pelas ruas da cidade de Cafarnaum. Como no livro de Mateus 2:14: “Enquanto andava, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado à mesa da coletoria, e o chamou: ‘Segue-me!’ Ao que ele se levantou e o seguiu.”
Ainda segundo os textos bíblicos, o coletor de impostos Levi foi rebatizado de Mateus e abandonou o ofício que o fazia odiado e converteu-se num dos mais fervorosos discípulos de Cristo.
Conforme o blog de Josias de Souza, no caso de Joaquim Levy, devoto do deus-mercado, a conversão não foi menos espetacular. Ele deixou uma vaga na diretoria do Bradesco e o convício com os ímpios do tucanato para seguir os seus instintos. Apedrejado pelo petismo, apresenta o catecismo liberal a Dilma, convertendo-a numa espécie de ex-Dilma, devota na economia da fé ortodoxa.
“Judas é a Dilma, que traiu o povo com o seu estelionato eleitoral”, disse o peemedebista baiano. “Cristo é o povo brasileiro, que está sendo crucificado. Levy, não há dúvida, está mais para o discípulo Mateus na sua fase de coletor de impostos”, constatou.
