Política

Com crise, novo Centro de Convenções esbarra no orçamento: R$ 400 milhões

Publicado em 11/06/2015, às 07h03   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Diante de um cenário de crise econômica, a proposta de criação de um novo Centro de Convenção em Salvador explanada pelo governador Rui Costa assim que assumiu o estado no início do ano poderá ter que esperar um pouco mais para que seja concretizada. Enquanto isso, o atual equipamento no bairro Costa Azul agoniza com fechamento de áreas de feiras e esperando obras que o secretário de Turismo da Bahia, Nelson Pelegrino, afirma que serão feitas em curto espaço de tempo.
“Vamos deflagrar algumas obras em breve para a recuperação da estrutura. Estamos fazendo um estudo mais aprofundado para ver o que é necessário para colocar o equipamento em funcionamento”, afirmou o secretário nessa quarta-feira (10). O local será palco de um protesto nessa quinta (11), quando empresários dos trades turístico e hoteleiro vão dar um abraço simbólico no equipamento pedindo a não transferência do centro para outro local. O grupo teme prejuízos em hotéis que se instalaram nas cercanias do bairro visando a movimentação decorrente de eventos no centro. 
Apesar da vontade do governador, a implantação de um novo centro baiano de convenções esbarra em um problema que acarreta estados e municípios atualmente, a falta de dinheiro. “A construção de um novo centro de convenções passa por três elementos fundamentais. Primeiro, a disposição financeira, a construção de um novo centro vai demandar um investimento em torno de R$ 300 a 400 milhões a depender do equipamento que a gente possa fazer. Segundo, para se fazer o centro, precisa de uma área de pelo menos 100 mil metros quadrados, então, precisamos saber qual é a área pública que a gente tem na cidade para isso. E por último é a possibilidade de construir uma equação financeira que viabilize isso em um cenário de restrição fiscal como estamos vivendo hoje. O governo federal não tem R$ 400 milhões para repassar, nesse momento o governo do estado não dispõe dessa quantia. [...] Estamos pensando em uma fórmula que pode ser, inclusive, uma parceria público-privada (PPP). Mas por ora, o essencial é manter o atual equipamento em funcionamento”, declarou Pelegrino após ser questionado sobre a situação do atual centro.
Publicada no dia 10 de junho de 2015, às 12h

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