Política

DEM oficializa sepultamento da fusão com PTB

Publicado em 03/07/2015, às 10h20   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)




Contrário à fusão, senador Ronaldo Caiado se fortalece internamente

Os caciques do Democratas se reuniram nesta quinta-feira (2) em Brasília para oficializar o sepultamento das negociações com o PTB para a fusão. O encontro contou com a participação do presidente do DEM na Bahia, deputado José Carlos Aleluia, e do deputado Cláudio Cajado. O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), não participou devido às comemorações ao 2 de Julho, data comemorativa pela independência do Brasil na Bahia.

Os democratas já tinham anunciado o fim das conversas com os petebistas, devido a divergências ao modelo de governança da nova legenda que seria criada. Os membros do PTB levariam vantagem no comanda nacional da nova sigla. “Reafirmamos aqui nossa incansável luta para buscar novas lideranças visando o processo eleitoral de 2016 e 2018. Além disso, faço questão de ratificar a nossa posição firme de oposição à presidente Dilma. Nossa linha de atuação no Congresso Nacional permanece no combate aos desacertos do governo petista”, disse o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia.

Quem comemorou o fim das conversas foi o líder do DEM no Senado e desafeto de ACM Neto, senador Ronaldo Caiado. Desde o início das tratativas, Caiado tem feito duras críticas à fusão e a posição de membros do partido em relação à votação na Câmara. Durante as votações dos ajustes fiscais do governo, oito democratas votaram favoráveis ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), entre eles os quatro parlamentares baianos – Aleluia, Paulo Azi, Cláudio Cajado e Elmar Nascimento. Na época, a sinalização positiva ao governo se deu após pedido do prefeito ACM Neto, que negociava benefícios para Salvador e para o seu futuro político com o articulador do governo federal, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

"É um momento de muita alegria. Esse assunto está superado, não existe mais. O partido irá caminhar agora exatamente no sentido de se fortalecer. Agora é hora de endurecer ainda mais a cobrança em cima da presidente Dilma e assumirmos o protagonismo da verdadeira oposição. Temos que reagir ao clima de ingovernabilidade que não pode permanecer. Defendo um pedido formal pela renúncia e a convocação de novas eleições”, defendeu Caiado.

Para o senador, o próximo passo é buscar o fortalecimento do partido através da sua militância. “É hora de todos nós arregaçarmos as mangas”, defendeu, apesar de o partido estar correr o risco de sofrer um baque nos próximos meses, com a possível saída do prefeito de Salvador, que deverá migrar para o PMDB.

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