Política

Operador diz à Justiça que executivo da Odebrecht era seu cliente

Publicado em 10/07/2015, às 07h21   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O agente de investimentos Bernardo Schiller Freiburghaus, apontado pelo Ministério Público como operador de propinas do grupo Odebrecht, afirmou à Justiça que o ex-executivo da Odebrecht, Rogério Araújo, era cliente de sua empresa de investimentos e por isso eles mantiveram um grande número de contatos telefônicos, de acordo com informações divulgadas pela Folha.
Ainda segundo o jornal, o registro de 135 ligações entre Freiburghaus e Araújo entre julho de 2010 e fevereiro de 2013 foi apontado pela Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, como indício de que o agente de investimentos intermediou o pagamento de suborno da Odebrecht para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A publicação afirma também que ao cruzar os telefonemas com os extratos bancários da conta do ex-dirigente da estatal, os procuradores relacionaram 15 contatos telefônicos entre os dois com 22 transferências feitas para Costa. Segundo a Procuradoria, a distribuição do dinheiro ocorria em, no máximo, oito dias após cada ligação.
As transferências somaram US$ 5,6 milhões entre março de 2011 e novembro de 2012. Para a Procuradoria, a relação entre os telefonemas e as transferências confirma a delação premiada de Costa, que afirmou ter recebido US$ 23 milhões do esquema de corrupção na Petrobras em contas no exterior. Ele disse que a maior parte veio da Odebrecht –a empresa nega.

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