Política

Governo me convenceu, diz Robinho após retirar assinatura de criação da CPI

Publicado em 05/08/2015, às 16h40   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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O deputado estadual Robinho (PP) voltou atrás e retirou a assinatura da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar 193 obras paralisadas iniciadas na gestão do ex-governador Jaques Wagner, proposta pela bancada de oposição da Assembleia Legislativa da Bahia. O pepista chegou a assinar o requerimento nesta terça-feira (4), por defender que ‘irregularidades precisam ser investigadas’. No entanto, mudou de opinião ao ser convencido de que era um desgaste ‘criar uma queda-de-braço com o governo’. Apesar da retirada, a CPI continua com 21 assinaturas e será encaminhada ao presidente da Casa, Marcelo Nilo.

Ao Bocão News, o parlamentar ainda acusou a oposição de não ter lógica em criar a CPI. “A oposição vem fazendo acordos nas votações dos projetos do governo então não tem porque quererem atacar o governo agora. E outra, não vou criar uma queda-de-braço com o governo. Fui na secretaria de Educação hoje e eles me mostraram todos os relatórios das obras e parte delas já foram licitadas. Não há irregularidades. Fui convencido de que não há problemas”, alega.

Robinho reafirmou que não foi procurado pela liderança do governo na Alba e tampouco do secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, para a retirada da assinatura. “Ninguém me procurou. Alias, Josias Gomes nunca me ligou nem procurou para nada. Até hoje aguardo os meus cargos na minha região. Josias está muito devagar”, revela.

O parlamentar ainda assegura que a Secretaria de Educação garantiu não haver atraso no pagamento das obras, apenas divergências de valores. “Me disseram que recurso não é problema. O que tem são divergências em valores de medição. A secretaria está refazendo as medições para tocar as obras”, reafirma.

As 193 obras paralisadas, citadas pela bancada de oposição, eram de responsabilidade da Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab), extinta na reforma administrativa do governo Rui Costa. Com as mudanças, os contratos foram repassados para cada secretaria correspondente às obras. É o que teria atrasado, já que cada pasta teve que refazer os contratos.

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