Política

Neto diz ter registrado sua pior arrecadação em julho por conta da crise

Publicado em 10/08/2015, às 12h14   Aparecido Silva (@CydoSylva)


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A crise econômica, aliada à instabilidade política que o país vive, tem gerado sérias consequências para os municípios. Enquanto o governo federal tenta aprovar o pacote de ajustes fiscais em um Congresso Nacional em polvorosa, os impactos vão sendo registrados nos cofres municipais, como ocorreu em Salvador no mês de julho. Nessa segunda-feira (10), o prefeito ACM Neto (DEM) disse que anseia por uma melhora no cenário de crise e que a estabilidade volte ao meio político em Brasília.

“Minha torcida é para que o fogo abaixe. Não é bom para ninguém que governa, que tem a responsabilidade de fechar a conta, que a crise se aprofunde. Eu, por exemplo, registrei no mês de julho, a pior arrecadação da história recente da prefeitura de Salvador. Tivemos uma queda real de mais de 11% e uma queda nominal de mais de 3% na arrecadação. Isso pela primeira vez na história da cidade, pelo menos desde que estou na prefeitura. Reflexo da crise. A gente percebe que os números são contundentes”, diz o democrata.

O gestor também aponta que a arrecadação de impostos também foi prejudicada. “As pessoas que estavam pagando impostos, aquelas que dividiram o pagamento, parcelaram, muitos pagaram em janeiro, em fevereiro e deixaram de pagar depois. Houve um crescimento da inadimplência com os tributos municipais muito grande, reflexo da crise econômica. Essa crise econômica, que é política  também, mais política do que econômica, eu torço para que ela possa ser superada o mais rápido possível”, afirmou ao Bocão News.

Neto, um dos líderes da oposição, diz querer ver uma melhora no quadro crítico e aponta que cabe ao governo federal a tomada de decisão. “A gente aguarda também que o governo federal possa começar um processo de tomada de decisão para mudar radicalmente esse clima político que acontece em Brasília. Se o governo continuar paralisado como está, a crise só vai piorar e se aprofundar, e não é o que nós desejamos”, explanou.

No entanto, o democrata ressalta que não depende somente do Palácio do Planalto. O Congresso Nacional precisa assumir sua responsabilidade. “Esperamos também que o Congresso Nacional possa ter responsabilidade no que tange às obrigações para os municípios. Eu já conversei com deputados e senadores, a gente vem fazendo um apelo para que não aprovem nenhum tipo de obrigação que tenham impacto nos cofres dos municípios sem apontar a receita. Hoje, as prefeituras já estão no seu limite máximo. Infelizmente, no Brasil, poucas prefeituras conseguem administrar os recursos de tal forma que sobre recursos para investimentos, a gente conseguiu fazer isso”, lembrou.

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