O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) lamentou que o deputado José Carlos Aleluia (DEM) tenha reivindicado a coautoria do projeto do líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, que tenta derrubar no Congresso o decreto que institui o Cadastro Nacional de Especialistas, que servirá de base de informações para a execução do programa Mais Especialidade.
“Aleluia tenta barrar Mais Especialidades com medo de programa dar certo, como deu o Mais Médicos, que eles tanto lutaram contra e hoje recebe nota 9 da população. É somente mais uma tentativa de prejudicar a presidente Dilma, uma clara manifestação do ‘quanto pior, melhor’, não estão nem aí para a população”, disse o petista.
Solla liderou pelo PT as negociações junto aos deputados e ao ministro Arthur Chioro para um acordo que retirou o projeto de pauta na sessão desta quarta-feira (12) para que o decreto seja discutido nos próximos 15 dias com as entidades médicas. “Aleluia tenta vencer na ignorância e na mentira, ou então sequer leu o decreto. Nenhum artigo tira a atribuição de nenhuma entidade médica, apenas regulamenta um cadastro previsto na lei que criou o Mais Médicos em 2013”, disse.
“Muito pelo contrário, esse decreto é o primeiro ato que o Estado Brasileiro faz reconhecendo, fortalecendo e legitimando o papel das entidades médicas”, contrapõe. O deputado salienta que possui atas de reuniões realizadas entre 2013 e 2015 de discussão do decreto que contaram com a presença de representantes das entidades médicas.
“O Decreto cria um sistema informatizado de informações para termos a exata noção de quantos especialistas precisamos: 20 ou 30 cardiologistas no interior da Bahia? Quatro ou cinco anestesistas no Pará? Para termos o real diagnóstico do problema e poder dar o remédio adequado, precisamos de informação. Por isso surge o Cadastro Nacional de Especialistas”, completou.
Por fim, o deputado ironizou a crítica do democrata. "No Congresso joga contra a população, mas quero ver o prefeito ACM Neto dizer que o Mais Médicos é ruim ou que é contra o Mais Especialidades. Ele aprovou tanto o Mais Médico que no início do ano já tinha 75 trabalhando nos postos da prefeitura e pediu mais 82", disse.
