Política

Conselheiros foram surpreendidos com desentendimento entre Lino e Honorato

Publicado em 26/08/2015, às 20h25   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram pegos de “surpresa” com o pedido de “suspeição” feito pelo colega Pedro Lino contra Antônio Honorato. 
Na sessão desta terça-feira (25), o clima no tribunal ficou tenso entre os conselheiros no julgamento da “exceção de suspeição” feita pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) contra Lino. O conselheiro Pedro Lino argumentou que Honorato não poderia participação da apreciação da “suspeição” porque  era seu "inimigo" e tinha "laços familiar" com o Caio Druso, procurador do Estado que acompanha o processo do contrato Fonte Nova.
O conselheiro Antônio Honorato rebateu e negou que seja "inimigo" de Lino. "Com ele apenas não mantenho relação social e não conservo afinidade pessoal, por não perfilhar nem concordar com a postura que ele assume no exercício de suas funções", disse, ressaltando que os "imputados laços (primo em quatro grau de Druso) não comprometeriam minha imparcialidade para qualquer julgamento neste tribunal".
Honorato questionou ainda, em sua fala, o argumento de inimizade. “Se realmente [...] se considera meu inimigo pessoal, não compreendo por que, em lugar de se ter dado por suspeito, em processos específicos ele não apenas tenha julgado as contas de um irmão meu mas, entre todos os demais administradores vinculados ao procedimento, formou com que desaprovou as contas e aplicou multa mais gravosa àquele meu irmão”, afirmou.
O conselheiro Antônio Honorato criticou também o "hábito" de Lino "de polemizar com os jurisdicionados do tribunal e promover declarações públicas, em entrevistas na imprensa, sobre questões submetidas a seu exame e do colegiado". "No longo tempo em que exerço minhas atribuições neste tribunal, não sei de outro conselheiro que tenha este proceder", atacou. 
Apesar disso, o Honorato se declarou suspeito para participar do julgamento de impedimento de Pedro Lino. Um conselheiro ouvido pela reportagem do Bocão News, que pediu anonimato, disse que todos foram “surpreendidos” com pedido de “suspeição” feito por Lino contra Honorato. Ele disse ainda que os conselheiros não receberam, em seus gabinetes, o pedido de “suspeição”. “Foi uma novidade”, afirmou. 
Agora, o parecer da suspeição de Lino seguirá para o Ministério Público. Após o MP se manifestar, os conselheiros decidirão se Lino será afastado ou não do caso. A expectativa é que o caso volte à pauta na próxima semana. 

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