Política

Empresas alemães não se interessam em investir no Brasil

Publicado em 09/05/2011, às 21h05   Redação Bocão News



O presidente da Alemanha, Christian Wulff, encerrou sua primeira viagem à América Latina, após passar pelo México, Costa Rica e Brasil, onde foi recebido pela presidente da República, Dilma Rousseff.

De acordo com a repórter Ellen Häring, da emissora alemã Deutschlandradio Kultur, que acompanhou Wulff e o entrevistou ao final da viagem, o presidente alemão destacou as oportunidades de parceria entre o Brasil e a Alemanha na área de energias renováveis e constatou que o debate sobre os riscos da energia nuclear não é tão intenso entre os brasileiros como entre os alemães.

Wulff também disse que Dilma "expressamente convidou a economia alemã a se candidatar a projetos de infraestrutura" no Brasil. Ele lamentou, porém, que as empresas alemãs ainda tenham uma "certa reserva" em fazê-lo.

De acordo com o presidente alemão, Dilma mostrou-se receptiva às empresas alemãs. "Mas a minha impressão é de que aquelas em condições de participar ainda têm uma certa reserva em concorrer, talvez porque tenham outras prioridades. Temos de esperar para ver, mas na sequência da minha viagem haverá conversas sobre esses aspectos, e talvez sejam apresentadas algumas ofertas", afirmou Christian Wulff.

Sobre a inclinação do Brasil em construir usinas nucleares, o presidente alemão disse ter considerado como sua "tarefa relatar o debate que ocorre na Alemanha, cujo resultado é claro: a Alemanha vai recorrer, muito mais do que jamais se pretendera, à energia de usinas hidrelétricas, à solar, eólica, à geotermia, à biomassa. Para tal serão necessárias novas tecnologias, e isso pode ser realizado conjuntamente, pois os países latino-americanos têm tido muito sucesso com energias regenerativas. Eles também têm condições muito boas, é claro, muito sol – mais do que nós –, condições eólicas em parte muito favoráveis, e sobretudo a força hidráulica como forma regenerativa que nós não podemos usar dessa maneira. Mas não se pode dizer que nesses países esteja sendo conduzido um debate semelhante ao que ocorre entre nós, é muito menor a parte que cabe à energia nuclear (no volume total de energia)". (Com informações da Deutsche Welle)

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