Política

“Entre ACM e Wagner, votaria em ACM”

Imagem “Entre ACM e Wagner, votaria em ACM”
Declaração é de Lúcio Vieira Lima, que passou por "saia-justa" no Se Liga Bocão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/05/2011, às 19h24   Daniel Pinto


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O presidente regional do PMDB, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, é umas das figuras mais polêmicas da política baiana. E isso pôde ser observado, nesta segunda (9), no Se Liga Bocão, da Itapoan FM 97,5.

Logo na abertura do programa, ele teve que ouvir um desabafo do ouvinte Lisboa, que colocou todos os parlamentares no mesmo “balaio de gato” e criticou a participação do PMDB no governo João Henrique. “Calma, meu amigo. Você deve estar com as hemorróidas inflamadas. Você não pode generalizar. No que diz respeito à prefeitura de Salvador, foram dois anos que estivemos à frente da administração e conseguimos fazer várias obras, a exemplo da Avenida Centenário, Canal do Imbuí, além dos banhos de luz e asfalto, etc”.

Lisboa entrou novamente no ar e disse que “não era otário”. “Aqui vivemos numa putocracia e democratura. Meu voto é caro”. De pronto, Lúcio respondeu: “lamento muito por isso! Voto não é para se vender!”.


Sobre a adaptação à Brasília, o deputado revelou que não sofreu nenhuma problema, já que viveu na capital federal na infância e juventude e que herdou os amigos do pai e do irmão, Afrísio e Geddel Vieira Lima, dois ex-parlamentares.

Em seguida, ao ser incitado por Zé Eduardo, ele teve que analisar o comportamento do prefeito da capital, que se afastou do grupo político. “Não tenho mágoa. Só posso dizer que minha formação e meu caráter me impediriam de fazer o que ele fez com a gente”, disparou.

No meio do fogo cruzado, teve tempo de comentar matéria do Bocão News que aponta nepotismo no governo do estado. “Pela legislação, é com certeza! Agora, vamos ver se vai se cumprir a lei. Tanto o secretário Zézeu (Planejamento) quanto Póla Ribeiro (presidente do Irdeb) são ótimos quadros, ninguém tá aqui questionando isso, mas, independente de qualquer coisa, não se pode desrespeitar a lei”.



Depois, a conversa enveredou para um ponto crucial: as relações entre Geddel e o ex-governador ACM e entre a nova direção do PMDB e o líder do Democratas na Câmara, ACM Neto.

“A verdade é que não éramos inimigos. Mas, havia mesmo o embate porque Antonio Carlos levava as coisas para o lado pessoal. E aí, a gente tinha que rebater. Hoje, conversamos com ACM Neto, Imbassahy e os demais da oposição porque entendemos que o governo não está dando certo. É greve de professores e médicos, caos no ferry boat - fico com pena até da Ivete Sangalo, coitada, que recebeu aquela ‘homenagem’. Isso sem falar na violência e no fato de não existir nenhuma grande obra em andamento na Bahia”.

Logo depois, mais uma vez por insistência do âncora do Se Liga Bocão, ele comparou ACM e Jaques Wagner. “O atual governador é uma cópia piorada de ACM. Entre ACM e Wagner, votaria em ACM. Com ele, a gente sabia com quem lidava. Mas, o outro tem as mesmas práticas, entretanto diz que é um republicano. É só vê quando ele caiu em cima do TCM porque o conselheiro Pedro Lino apresentou parecer rejeitando as contas do governo. Também indicou um aliado para o lugar de Otto Alencar. Sem falar no corte do ponto dos professores, a interferência na eleição da Assembleia Legislativa e a cooptação de aliados, até mesmo com a distribuição de viaturas e ambulâncias, que é uma obrigação do estado”.

Fotos: Edson Ruiz/Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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