Política

Não há razões para Dilma não se manter até 2018, afirma ministro da Justiça

Publicado em 13/09/2015, às 14h12   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não há razões para Dilma Rousseff (PT) não se manter na presidência até 2018. Em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (13), Cardozo afirmou que setores da oposição e lideranças têm buscado potencializar a crise política com o objetivo de tirar “dividendos”. 
“Não há nenhuma razão para que ele não chegue até 2018. Um governo que foi eleito democraticamente, só pela via democrática poderia deixar de ser governo. Num sistema presidencialista, é preciso algum fato que justifique o processo de impeachment. Um fato que não existe e não existirá, porque não há nada que possa ser imputado à presidente. Algumas lideranças querem investir na crise para tirar dividendos políticos, partidários e pessoais. Acho triste que pessoas, num momento de crise, apequenem-se”, afirmou o ministro ao jornal.
Ainda na entrevista, Cardozo garantiu que a abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro Edinho na campanha presidencial de Dilma não irá afetar a presidente. “Aquilo que foi divulgado e que teria ensejado a abertura do inquérito do ministro Edinho não pode ser minimamente imputado à presidente, e me parece de uma inconsistência cabal. Se uma pessoa faz uma notícia de possível irregularidade, abre-se um inquérito. Isso é normal. Não significa denúncia, condenação nem imputação à presidente. Estamos a anos-luz da imputação de algum delito à presidente”, assegurou.
O ministro Cardozo também negou que o julgamento das contas da presidente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) irá piorar a situação do país. “A Advocacia Geral da União já demonstrou que não existe causa para rejeição das contas. Essa mesma operação foi feita por governos anteriores, por Lula e Fernando Henrique, sem nenhuma reprimenda. Se o tribunal concordou, é porque estava certo. Se acha que tem que mudar de posição, que mude. Mas daqui para frente. E essas questões não são imputáveis diretamente à presidente, porque eram outras autoridades que faziam e tomavam essas decisões”, pontuou. 

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