Que o senador Walter Pinheiro (PT) não está mais alinhado ao Partido dos Trabalhadores e ao governo petista, isso não é nenhum novidade. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o parlamentar baiano informou que votará contra a nova CPMF, proposto pelo governo, e disse que sua expectativa é "zero" pela aprovação da proposta de emenda à Constituição no Congresso Nacionaç. "É um erro, o problema não é só a apresentação de um novo imposto", criticou.
Para o ainda petista, o governo deveria primeiro passar maior impressão de ajuste interno para, depois, pleitear 'sacrifício' na sociedade e no Congresso. "O correto era fazer um ajuste com o que tem e depois sentar com a gente para discutir formas de aumentar a arrecadação", defendeu, ao sugerir que a presidente Dilma Rousseff (PT) poderia cortar orçamentos de ministérios no momento em que discute uma reforma administrativa.
Segundo o senador baiano, primeiro o governo federal deveria passar uma maior impressão de fazer um ajuste interno para, depois, pleitear "sacrifício" na sociedade e no Congresso. "Minha sensação é que está faltando algum centro para dar coesão. Será que essa é a solução? Por que a de ontem não foi, a de anteontem idem? Todo dia tem uma solução nova em nove meses", questionou.
Na mesma linha, o prefeito ACM Neto disse ontem ser "peremptoriamente" contra a CPMF. "Sou contra qualquer criação de novo imposto. O povo brasileiro não merece pagar essa conta. O governo faz um corte de gastos com custeios limitados. Se você for ver, R$ 200 mihões é pouco, de maneira que você não precisaria criar mais imposto", afirmou o democrata, durante lançamento do programa de reestruturação da Codesal, nesta terça-feira (16). Segundo o gestor soteropolitano, assim como Pinheiro, toda a bancada do DEM no Congresso trabalhará para derrubar a proposta de criação da CPMF.
