Política

Sem quorum, Câmara deixa de discutir permanência de Paupério na gestão de Neto

Publicado em 20/09/2015, às 11h21   Cíntia Kelly (@cintiakelly_)


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Desde que estourou a denúncia do Ministério Público contra o secretário de Gestão, Alexandre Paupério, que a Câmara Municipal de Salvador não teve sessão ordinária. A oposição diz que estrategicamente os governistas não têm ido para não dar palanque para a discussão em torno da permanência de Paupério à frente de uma das mais importantes pastas.

Para o vereador Everaldo Augusto (PCdoB), a base de sustentação do prefeito ACM Neto no Legislativo está tentando blindar Paupério e a gestão atual. Há o temor de que as denúncias que são da época do prefeito João Henrique (PR) respinguem na administração de Neto.

O líder do DEM, Léo Prates, discorda. Diz que a oposição tem número suficiente para a abrir as sessões. “Para abrir a sessão são necessários 14 vereadores. A oposição tem 17. Não é o governo que tem que dar o quórum. Se eles quiserem eles podem abrir a sessão. Ninguém da base do governo está tentando blindar Paupério”, assinala o demista

Segundo ele, não há uma determinação do Palácio Thomé de Souza para que a bancada governista blinde Paupério com o intuito de resguardar a administração de Neto. “Tudo o que o MP apurou diz respeito à gestão anterior. O prefeito é muito correto, diz que não vai passar a mão na cabeça de ninguém. O MP fez a denúncia. Isso não é uma condenação”, diz Léo Prates.

Paupério foi denunciado pelo MP à Justiça por suposto envolvimento num esquema de desvio de dinheiro da Educação que chega próximo a R$ 40 milhões. Em ação de 2012, o MP pediu para Paupério devolver R$ 125 mil à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), entidade presidia por ele entre 2003 e 2006.

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