O Partido Socialista Brasileiro (PSB), sigla comandada na Bahia pela senadora Lídice da Mata, deixará a posição de independência no Congresso e passará a ser oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O comunicado foi feito pela própria Executiva Nacional do partido, que decidiu reunir, na próxima semana, as bancadas socialistas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para oficializar a decisão. “Entendemos que é um governo moribundo, temos que encontrar um meio de o país não sangrar por muito tempo”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em nota enviada à imprensa.
Em encontro na semana passada entre Siqueira e governadores Rodrigo Rollemberg (DF), Paulo Câmara (PE) e Ricardo Coutinho (PB) ficou decidido também que o partido ficará contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), proposta pelo governo federal com o objetivo de tentar cobrir o rombo nas contas públicas.
Ainda segundo a direção nacional do PSB, no encontro, a maioria dos parlamentares se disse favorável a um eventual pedido de impeachment da presidente DIlma, caso venha a ser colocado em votação. “Há uma tendência bastante forte de que se o impeachment chegar ao plenário da Câmara ele será aprovado também pela nossa bancada”, afirmou Siqueira.
A senadora Lídice ainda não se pronunciou sobre a movimentação política do seu partido, historicamente aliado ao PT, tanto a nível nacional, quanto estadual. A coluna Satélite, do Correio 24 Horas, traz nesta quarta-feira (23) que a parlamentar defende que o partido permaneça neutro em relação ao governo e ao bloco oposicionista, o que lhe garantiria permanecer no palanque do governador Rui Costa (PT), caso contrário, Lídice deverá buscar novo abrigo partidário.
