Política

Prefeitura precisa reparar dano, diz Lessa após prisão de servidor da Semps

Publicado em 26/09/2015, às 09h20   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Após a polícia prender Thiago Santos Lima, funcionário da prefeitura de Salvador, acusado de desviar mais de R$ 100 mil destinados ao auxílio de desabrigados por conta das chuvas que atingiram a cidade este ano, o vereador Arnando Lessa (PT) questiona os critérios para a escolha do gestor que comanda um Fundo de extrema importância, ligado à Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), e que administra recursos destinados à população carente. 
"Quais os critérios para escolher esse gestor? É um cargo de confiança? Um Fundo dessa magnitude, que tem o objetivo de ajudar as pessoas, não pode ser entregue nas mãos de qualquer pessoa", disse o petista.
Thiago foi detido durante "Operação Chuva", da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), para investigar desvio de verba da Semps.
Ainda de acordo com o vereador, a Secretaria tem que fazer uma auditoria interna para se certificar de que este caso tenha sido isolado, e não uma prática corriqueira. "Precisamos ter certeza de que este caso não se repete, ou não se repetiu com outras verbas e não vai se repetir dentro do Fundo e da Secretaria", disse Lessa.
Lessa insiste que o crime praticado pelo ex-gestor foi grave e é preciso saber quais as qualificações dele para ter chegado ao cargo.  "Este foi um crime muito grave, porque tira o dinheiro justamente dos mais necessitados, que ainda sofrem com os danos causados pelas chuvas, consequências de uma falta de prioridade com a população das encostas", ressaltou.
O vereador finaliza afirmando que as investigações precisam ser feitas para verificar se não existem outros desvios ou outros envolvidos.
Denúncia
A polícia começou a investigar a fraude depois de receber denúncia da própria prefeitura. Em auditoria interna, que ocorre regulamente, o governo desconfiou da irregularidade quando percebeu que ele repassou R$ 4.200 para uma das vítimas. A suspeita é que ele inscrevia pessoas que não necessitava do benefício. Com isso, ele recebia o dinheiro. Caso a fraude seja confirmada, Thiago vai responder por crime de peculato. Além dele, nove universitários também são suspeitos de participar do esquema criminoso. Eles foram conduzidos para a delegacia, onde prestaram depoimento. Não há mandados de prisão nos nomes deles.

Foto: Arquivo / Bocão News

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