Política

Sindicalista aprova prisão de servidora mas aponta "cortina de fumaça"

Publicado em 29/09/2015, às 13h15   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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O presidente do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Everaldo Braga, afirma que as ‘descobertas’ vindas à tona logo após a denúncia contra o secretário Alexandre Paupério, classificado por ele como "o supersecretário de (ACM) Neto", parece querer desviar o foco da sociedade para as irregularidades na pasta da Gestão municipal.

"Tem peixe graúdo por traz disso e onde há fumaça, há fogo. Logo após a denúncia contra o 'supersecretário' de Neto, surgem dois casos que são investigados pela própria prefeitura, estranho. Parece mais uma cortina de fumaça para despistar a imprensa e a sociedade", apontou Everaldo ao Bocão News.

O sindicalista ainda fez questão de salientar que os dois casos não registram servidores concursados, e sim oriundos de cargos de confiança. "Ela (Gilvania Cintra Matos) não é concursada, ela foi contratada de forma precarizada. Eu não consigo entender como uma pessoa que já vem do governo de João Henrique e, agora no de Neto, tem acesso a contas e senhas do dinheiro da Secretaria", indaga.

Gilvania Cintra Matos foi presa, na manhã desta terça-feira (28), na Operação Hígia, acusada de desviar cerca R$ 5 milhões da folha de pagamentos da Secretaria de Saúde do Município de Salvador.

CEI

Para avaliar a dimensão das denúncias e prisões, Everaldo cobra um posicionamento efetivo da Câmara de Vereadores. "É preciso que a Câmara aprofunde todas as investigações para que todos os culpados sejam punidos. É um anseio da população", acredita, indicando a necessidade de criação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) na Casa Legislativa.

"A Câmara de Vereadores não pode ficar calada. Independente de ser (vereador) de situação ou oposição é preciso provocar o Ministério Público (MP-BA) para passar um pente fino na prefeitura e avaliar todos os pontos da Saúde, Educação, Sucom, Transalvador e os demais órgãos que fazem uso dos recursos públicos", afirmou.

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