Política

Para Bacelar, suspensão do Alfa & Beto foi um ‘crime’ contra a Educação

Publicado em 01/10/2015, às 19h47   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



O ex-secretário de Educação de Salvador, João Carlos Bacelar, deputado federal pelo PTN, criticou a atuação do Ministério Público Estadual no caso da contratação de um programa educacional conhecido como Alfa & Beto com dispensa de licitação no valor de R$ 12 milhões. 
Em entrevista ao apresentador Zé Eduardo na Metrópole FM na manhã dessa quinta-feira (1º), Bacelar negou inclusive que seja acusado de crimes por conta das denúncias envolvendo a ONG Pierre Bordieu que tinha contratos com a prefeitura através da Smed. O ex-titular da gestão do ex-prefeito João Henrique afirmou que, apesar de algumas classes ainda manter a didática do programa, “foi um crime com a educação de Salvador ter suspendido o projeto”.
“O MP discorda do método do projeto. Conheço e respeito o trabalho do Ministério Público, mas a coordenação pedagógica o município não é atribuição do MP, tanto que continua na prefeitura. Há uma oposição política e ideológica a esse projeto porque tem correntes de esquerda que acham que a alfabetização tem que ensinar a noção de mundo aos alunos antes de ensinar os códigos bases”, defendeu. 
Na época da contratação do programa, os professores da rede municipal teceram duras críticas ao conteúdo e consideram a proposta “racista, sexista e preconceituosa”. Depois de muitos protestos, o então secretário recebeu uma recomendação de suspensão oficial do Ministério Público Estadual. O pedido, feito em conjunto pelas promotoras de Justiça Rita Tourinho e Patrícia Medrado, alega que há resoluções no órgão educacional que, se levados em análise, apresentam “contradição entre os conteúdos e prejuízo ao erário do município”.
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Publicada originalmente às 9h48

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