Política

Movimentos sociais criticam itens da Cota de Solidariedade

Publicado em 07/10/2015, às 11h35   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)



Os movimentos sociais criticaram, na manhã desta quarta-feira (7), itens da Cota de Solidariedade do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) 2015, que prevê que o empreendedor destine 5% da área de um empreendimento com mais de 20.000 m² a habitação de interesse social.
No entendimento de Viviane Hermida, do Movimento Nosso Bairro é 2 de Julho, na prática o empreendedor nunca vai doar este percentual, porque dois itens da Cota prevêem que o dono pague pelo valor equivalente a área ou doe um terreno em outra área fora do empreendimento. Para ela, o empreendedor escolherá uma área afastada do Centro. "Esses itens não contemplam o direito humano a moradia", criticou, pedindo que o percentual seja ampliado para 10% e que a área disponibilizada para o interesse social seja no mesmo bairro do empreendimento.
"A compensação em dinheiro, bem como a possibilidade da destinação e consequente concentração de tais habitações em áreas periféricas, e sem infraestutura urbana, inviabilizam a concepção do instituição", afirmou.
Ao Bocão News, a coordenadora-técnica do PDDU, Tânia Scolfield, negou que isso irá acontecer. "Não tem como isso de colocar em áreas distantes ocorrer. O PDDU está muito avançado em termos sociais e movimentos sociais concordam com isso", garantiu. 

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