O clima de tensão aumentou entre o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo e o presidente estadual do PDT, o deputado federal Félix Mendonça, após Nilo afirmar, na quinta (15), em rede social que pédiu a desfiliação do partido alegando que o PDT é um apêndice de outros partidos. Ontem, o parlamentar entregou no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia uma ação declaratória de justa causa para desfiliação partidária. Ou seja, o presidente da Alba quer se precaver para não perder o mandato quando deixar o PDT. Conforme explicou a assessoria de comunicação do TRE-BA, o presidente não entregou um pedido de desfiliação, apenas o documento com justificativas para que o pleno julgue a saída.
Questionado sobre a atitude de Marcelo Nilo, Félix Mendonça voltou a afirmar que o PDT não é apêndice de ninguém, "temos uma linha própria e não somos subalternos a ninguém e a nenhum partido".
Sobre o futuro de Nilo e a relação entre eles, Félix preferiu justificar o motivo da saída do presidente da Alba. "O deputado queria que o PDT fosse dele. Com isso, ele não gostou de ter ouvido não e está querendo sair", disparou em entrevista concedida à Rádio Metrópole, no programa de Zé Eduardo.
Marcelo Nilo, anunciou sua saída do PDT em maio deste ano, durante o 5º Congresso Nacional do PT. Dentre as justificativas está “perseguição política”. O Tribunal vai julgar o pedido, que ainda não tem data para votação. Caso tenha reconhecimento da justa causa, Nilo pode deixar o partido e dar prosseguimento no ingresso de uma nova sigla. O futuro mais provável do presidente da Alba, agora, é o PSL.
