Política

Geddel eleva o tom após ameaça de adiamento do congresso do partido

Publicado em 21/10/2015, às 12h48   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Apesar de ter sido veiculada a informação de que o PMDB realizará o congresso nacional em novembro para tratar do rompimento ou não com o governo federal, o presidente do partido na Bahia, Geddel Vieira Lima, diz que não é bem assim. Em entrevista na sede da legenda nessa quarta-feira (21), o dirigente explicou que o encontro deverá discutir questões sobre o país e tratar de assuntos internos, mas que o congresso não tem poder de decidir tema como rompimento de aliança. “O congresso nacional do PMDB não tem poder decisório, será uma oportunidade do partido para debater o Brasil. Não é um fórum para dizer se vai romper ou não com o governo. Lamentavelmente, tem segmentos que estão no governo do partido, que veem o partido não como ambiente de debate, de militância, de contato com a sociedade, mas como um sindicato para garantir empregos”, apontou.

Há rumores de que o encontro do partido pode ser adiado por manobra, como classificou o deputado federal Lúcio Vieira Lima, de uma “cúpula minoritária” que tende a protelar tal atitude da legenda que poderia fragilizar a estrutura política do governo Dilma Rousseff. “Enquanto o PT e o ex-presidente Lula deixam a presidente Dilma nua ao pedir mudança na sua política econômica e que mude o ministro da Fazenda, segmentos do PMDB se recusam até a debater no congresso nacional para não bater em um governo que está frágil e dissociado da sociedade. Eu sou contra isso. Estou protestando e se alguém quiser cancelar, adiar ou atrasar, tem que botar a cara para dizer as razões. Não pode ser mais no anonimato em nota de jornal”, bradou Geddel Vieira.

Novo mandato – Na manhã dessa quarta, delegados do partido votaram na eleição do diretório estadual e optaram por manter Geddel à frente da sigla na Bahia com o deputado estadual Pedro Tavares na vice-presidência. “Vamos ampliar nossa atuação no interior do estado, estamos com diretório em Salvador, algo novo depois de muito tempo, queremos aumentar nossas zonais, fazer com que o partido tenha chapas fortes nas disputas municipais e sobretudo fortalecer o movimento do partido. Estamos com movimento da diversidade, movimento afro, da juventude, estamos com um núcleo sindical. Queremos fazer com que o PMDB da Bahia seja um núcleo nacional dentro partido para discussão de tese”, explicou o presidente reeleito.

“A luta política é importante, estamos fazendo isso, mas o Brasil real precisa ser discutido, ser debatido, a economia está ai se depauperando. Está se fragilizado e a Bahia com graves problemas, então o grande desafio nesse mandato é juntar com a Fundação Ulisses Guimarães, formar um grupo de estudo da sociedade para que a gente possa dar uma contribuição ao debate nacional e local”, frisou. 

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