Política

Fiol: oposicionista, Arthur Maia se junta a Rui Costa na briga contra o TCU

Publicado em 29/10/2015, às 07h46   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Ao se insurgir contra a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) que pedia o encurtamento da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), o governador Rui Costa (PT) ganhou um aliado vindo do campo de oposição. O líder do Solidariedade na Câmara Federal, Arthur Maia, ferrenho opositor ao governo da petista Dilma Rousseff, integrou o grupo de parlamentares baianos que foi à sede do TCU nessa quarta-feira (28) para reclamar do parecer. 
Na semana passada, uma auditoria realizada pelo tribunal recomendou que as autoridades responsáveis pela ferrovia avaliassem a possibilidade de construir apenas o trecho final do projeto, de 500 quilômetros, entre Caetité e Ilhéus, no litoral baiano. Outros dois trechos, de 500 quilômetros cada um, ficariam para outro momento. Para o Tribunal de Contas, 'indicadores econômico-financeiros desfavoráveis' e 'cronogramas fictícios' põem em xeque a Fiol. 
"Fiz questão de me somar a este movimento de apoio à Fiol para mostrar ao TCU a importância da obra, que vai trazer benefícios enormes não só para a Bahia, mas para o Brasil. Não se trata de uma questão partidária, nem mesmo de governo. A Fiol envolve todos os baianos", se justificou. Na realidade, a decisão do deputado de entrar no time que reivindica a permanência do traçado da ferrovia se justifica pelo fato de a via passar pela região de Bom Jesus da Lapa, onde o parlamentar tem sua principal base eleitoral e cidade na qual seu pai, Roberto Maia, foi prefeito. 
O projeto inicial da Fiol prevê, aproximadamente, 1,5 mil quilômetros de extensão. O custo inicial da ferrovia baiana, que foi estimada em R$ 4,3 bilhões, já chega a R$ 6,5 bilhões. Iniciado em 2010, a Fiol já acumula dois anos e meio de atraso. A obra deveria ter ficado pronta em julho de 2013 e a nova previsão é que termine apenas em 2018. 
Também participaram da audiência, além do presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, os ministros Bruno Dantas, e Augusto Nardes.

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