Um desrespeito, diz Moema Gramacho após agressão sofrida na Câmara Federal

A tarde dessa quarta-feira (4) foi tumultuada na Câmara Federal. Antes de o presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), receber uma chuva de dólares falsos, a deputada federal baiana, Moema Gramacho (PT), foi agredida no Salão Verde da Câmara por manifestantes que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

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Um painel colocado no local coletava assinaturas de parlamentares favoráveis ao pedido de impeachment, fato que irritou Moema. A deputada solicitou ao presidente da Casa a remoção do painel, foi atendida, mas não esperou a Polícia Legislativa retirar os manifestantes e decidiu fazer a retirada por conta própria e a confusão se instalou. Segundo a petista, os empurrões e xingamentos começaram enquanto ela aguardava a chegada da Polícia Legislativa. “É um desrespeito enorme. Não podemos ser agredidos em nosso próprio local de trabalho. Pedi à presidência da Câmara que determinasse a retirada do painel e o presidente disse que ordenaria isso. Mas a Polícia Legislativa, ao invés de cumprir a ordem da presidência, deu proteção ao painel”, disparou Moema Gramacho.

Logo após o episódio, o deputado Afonso Florence (PT) fez a denúncia na tribuna da Câmara. “A deputada Moema foi empurrada. Eu presenciei essa cena”, registrou o petista baiano, que solicitou providências ao presidente da Câmara.

Moema Gramacho registrou queixa na Polícia Legislativa contra os manifestantes, que estavam algemados a uma coluna no Salão Verde e mantém acampamento no gramado do Congresso Nacional.

O painel, em meio ao tumulto, foi arrancado e a Polícia Legislativa levou detido um assessor do PT denunciado por um deputado de oposição que estaria incitando os manifestantes contra os deputados do governo.
Levaram detidos também dois jovens alegando que teriam jogado cédulas com fotos de Cunha quando este passava no local.