O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, realizará um congresso nacional nessa terça-feira (17), onde será pregaada a reunificação das forças políticas para superar a crise que o país atravessa e retomar a estabilidade institucional. Apesar de Temer garantir que o encontro não terá o objetivo de discutir o rompimento do PMDB com o Palácio do Planalto, mas o vice-presidente sabe que a ala minoritária do partido promete barulho, defendendo até o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nessa ala de oposição ao governo federal estão os baianos Geddel Vieira Lima e o deputado federal Lúcio Vieira Lima.
Em recente entrevista ao Bocão News, Geddel, presidente do PMDB na Bahia, disse que o congresso não terá poder de deliberação pelo rompimento ou não, assunto que só poderá ser tratado em março em outro congresso. De acordo com o peemedebista, o momento de hoje será para "discutir o Brasil".
Em agosto, quando a tensão política atingira o seu auge, Temer disse que o Brasil precisava de alguém capaz de "reunificar a todos". A frase foi interpretada no Planalto como um sinal de que o vice pretendia se cacifar para assumir o comando do País, aproximando-se do PSDB e dos empresários. Presidente do PMDB, Temer negou qualquer tipo de "conspiração", mas a propaganda de TV da legenda, em setembro, não deixou dúvidas sobre o distanciamento entre o principal partido da coalizão e o governo Dilma.
Para o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), o partido não pode virar as costas para as ruas. Ele é um dos que defendem a saída de Dilma Rousseff da presidência "Não é preciso ter um Fiat Elba para cassar alguém", disse ele ao Estadão, numa referência ao carro que deu origem ao processo contra o então presidente Fernando Collor, hoje senador pelo PTB.
