Política

Cunha não tem condições morais para continuar na presidência, diz Moema

Publicado em 21/11/2015, às 07h43   Cíntia Kelly (@cintiakelly_)



A deputada federal Moema Gramacho (PT) negou que o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tem assediado a bancada governista para que o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ganhasse um primeiro round no Conselho de Ética. Ontem, o colegiado tentou se reunir para analisar o parecer preliminar do relator Fausto Pinato (PRB-SP), mas Cunha teria manobrado para evitar a reunião, marcando para o mesmo horário a sessão ordinária no plenário.

Na edição desta sexta-feira, o Globo revelou que o ministro Wagner se reuniu na quarta (18) com líderes de partidos da base governistas. O recado teria sido direto. Os deputados do PT, PTB e PR deveriam esvaziar a reunião do Conselho de Ética. Segundo a deputada Moema Gramacho, o PT esteve presente na reunião. “Eles foram. Chegaram atrasados, mas foram à reunião”, defendeu.

Ainda de acordo com o Globo,  Wagner telefonou aos deputados Léo de Brito (AC), Zé Geraldo (PA), e Valmir Prascidelli (SP), pedindo que não comparecessem a sessão no dia seguinte. Brito viajou para o Acre, mas Zé Geraldo e Prascidelli se recusaram a faltar ao Conselho, alegando serem publicamente favoráveis à cassação de Cunha. No entanto, aceitaram a contraproposta feita pelo ministro de somente comparecerem se houvesse quórum, o que acabou ocorrendo.

Com a manobra de Cunha, deputados saíram do plenário protestando e com cartazes em punho que traziam frases como ‘Fora, Cunha’. Para Moema, a manutenção do peemedebista na presidência da Casa é insustentável. “Ele não tem nem condições morais e nem legitimidade para comandar a Câmara”, assinala a petista.

Com todo tumulto de ontem, o o presidente do Conselho de Ética convocou uma nova reunião para a próxima terça-feira (24).

*Matéria originalmente publicada às 11h22  de sexta-feira (20)

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