Política

Seria burrice política tentar salvar Cunha, diz senador Lindberg

Publicado em 23/11/2015, às 12h53   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)




Senador Lindberg participa de audiência em Lauro de Freitas

O senador petista Lindberg Farias afirmou, na manhã desta segunda-feira (23), que as bancadas do PT na Câmara dos Deputados e no Senado não concordam com qualquer tipo de operação a favor do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), que responde processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.

O petista, que participa em Lauro de Freitas da audiência pública realizada pela CPI dos Assassinatos de Jovens no Senado, disse desconhecer qualquer tipo de articulação do Palácio do Planalto para tentar livrar o peemedebista de uma cassação em troca de apoio para o engavetamento de qualquer processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Seria um erro grande do governo. O Eduardo Cunha hoje simboliza o que há de pior na política brasileira. Ele esteve aliado ao PSDB esse tempo inteiro, atacando o governo da presidente Dilma e, agora, seria muita burrice política nossa”, defendeu o senador, em entrevista ao Bocão News.

Lindberg está na lista dos políticos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Em depoimento na Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que trabalhou como arrecadador de recursos de empreiteiras para financiar a campanha do petista na eleição ao governo do Rio de Janeiro, em 2014. “Quem pariu Cunha que o embale. E quem pariu foi o PSDB. Agora, o PSDB quer dizer que não tem nada a ver. É uma aliança fortíssima e agora querem jogar esse traste, esse defunto, no nosso colo? Não!”, disparou.

O senador fluminense ainda fez elogios à atuação do ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia. Para o petista, a entrada de Wagner na chefia do chamado núcleo duro do governo petista “deu um fôlego” à presidente Dilma. “Ele tem uma característica importantíssima para um ministro da Casa Civil: ele dialoga e conversa com todo mundo. A Dilma passou a ganhar votações no Parlamento. Antes do Wagner, ela só perdia”, elogiou.

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