Impeachment: deputados baianos opinam sobre abertura de pedido

Quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), deputados federais baianos aliados ao governo petista e de oposição fizeram diversas manifestações nas redes sociais.

Alice diz que processo não tem legitimidade

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Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) não tem qualquer tipo de sustentabilidade jurídica. “Não há condições legais, em cima do que se chama de pedaladas fiscais, de constituir o impedimento de uma presidente eleita democraticamente”, defendeu.

Alice acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), de retaliar a mandatária brasileira, após ter a certeza que o PT não o salvaria de uma possível cassação no Conselho de Ética da Câmara. “Temos a clareza que o Brasil vive uma crise, e a corrupção precisa ser apurada, e aqueles que têm culpa no cartório serem presos, como estão sendo. Mas, quebrar o Estado Democrático de Direito é constituir um risco para a democracia, que foi conquistada a duras penas. Muita gente morreu e ficou pelo caminho para construir nossa jovem e imperfeita democracia, mas é a que a gente conseguiu construir”, defendeu a comunista.

Gualberto lembra que tese for formulada por um fundador e militante do PT

Na outra ponta, o presidente do PSDB na Bahia, João Gualberto, defende que o pedido de cassação do mandato da presidente Dilma reúne fundamentos legais contra a administração da presidente. “Antigos aliados do PT, como Hélio Bicudo, que foi um dos fundadores do partido, não apoiam, não validam essa administração corrupta, mentirosa e incompetente”, disse em posta feita em sua conta no Facebook.

Para o líder tucano, o Brasil enfrenta uma crise sem precedentes na história republicana. “Os brasileiros sentem em seus lares as consequências da corrupção desse governo. Se hoje o governo leva o cidadão ao sacrifício, aumentando o seu custo de vida, tentando criar novos impostos, cortando benefícios trabalhistas conquistados há anos, para cobrir o “buraco” das contas públicas, é por um único motivo: o dinheiro público foi desviado para contas partidárias e de políticos aliados”, condenou, ao defender que a mandatária brasileira não reúne mais condições “morais, éticas, políticas e administrativas” para governar o país.