Política

Governo deve se valer da desmoralização de Cunha para enterrar impeachment

Publicado em 04/12/2015, às 20h07   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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As denúncias de corrupção contra o presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), provocam uma desmoralização da sua conduta parlamentar, que será usada pelo governo para enterrar a ideia de impeachment, ainda defendida por alguns brasileiros. Essa é avaliação do cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Fábio Dantas Neto.
Segundo ele, para o País sair da crise é preciso antes solucionar o impasse político, mas o cenário não é nada favorável. “O país está polarizado na política. É impensável hoje um acordo para unir governo e oposição. O clima é de duelo. Dois exércitos que estão tentando se enfrentar ignorando a realidade”, analisou o professor, em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na rádio Itapoan FM. 
O cientista político entende que o ato de Cunha de abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma “unificou o PT”, que agora está em uma “ofensiva acreditando que poderá retomar o fôlego que já teve no passado”. “Parece que governo quer se aproveitar que o impeachment foi proposto por Cunha, que é um político desmoralizado, não apenas para sepultar a ideia do impeachment, mas também para ganhar um salvo conduto e fazer política que foi feita no primeiro mandato. Isso é péssimo para o país”, analisou.
Para Paulo Fábio Dantas, os que advogam o impeachment não podem deixar pairar sobre a mente dos brasileiros a ideia que o governo tenta colar de que há um golpe, pois “em troca de credibilidade, teríamos uma instabilidade crescente”.

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